Intimidades reflexivas - 761
"Penso no amor. Aquele amor que por ser da qualidade dos milagres tem pouco de nós, gente finita. Penso no amor que paira acima dos humanos e que arde, arde por diante sem nunca se fragilizar, consolando de tão inesgotável. Penso no amor que não pertence ao tempo curto dos homens, pertence ao tempo sem tempo dos deuses, ao rasgo dos anjos, despidos de substância e de corpo, pertence ao mundo das sombras projetadas nas paredes que nos prendem, e a cada dia que passa mais intenso e definido é. Penso no amor que não nos maltrata, não nos desilude, não carece de provas, não se esgota na mundanidade." - Maria João Lopo de Carvalho in 'Até que o amor me mate', pág. 328.
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