Turma Formadores Certform 66

Wednesday, November 09, 2016

O dia em que a América morreu

Este é um dia triste para o mundo! Este é o dia em que a América morreu! Contrariando tudo e todos Trump foi eleito o 45º presidente dos EUA! Coisa estranha, num mundo cada vez mais estranho ... e perigoso. O discurso do ódio sobrepôs-se à razão. Depois duma campanha feroz e dum baixíssimo nível por todos repudiada, - apenas com o apoio da forte extrema direita americana -, a democracia americana acaba de gerar um ditador. Um homem em que ninguém pode confiar. Imprevisível. Destemperado. Mal preparado. Desconhecedor dos dossiers mais complexos. Sem estratégia internacional. Esta será a América com que o mundo terá que conviver. Porque aconteceu tal? Desde logo, porque os dois grandes partidos americanos não apresentaram candidatos dignos desse nome. Hillary Clinton, que cedo começou a preparar a sua candidatura, não era uma pessoa credível. Atrás dela existe um rastro de problemas. Alguns deles que já vinham do tempo em que o marido, Bill Clinton, governava a América. Falava-se de corrupção, autoritarismo, manipulação e, mais recentemente, a polémica dos e-mails foi a gota que fez transbordar o copo. Mas se do lado democrático as coisas estavam assim, do lado republicano não estavam melhor. Trump era a figura improvável, mesmo para os seus próprios correlegionários. (Vimos como figuras importantes do seu partido se afastaram e, pasme-se, até pediam o voto para Hillary). Nenhum dos partidos conseguiu gerar futuros estadistas, e entre uma mulher que arrasta muitas sombras atrás de si, e um homem que clama por uma nova América, os americanos optaram pela mudança. Só que a nova América de Trump é uma América dum outro tempo, dum tempo de grandeza que já passou, num mundo que à muito se foi transmutando. Muitos criticavam Obama, mas este foi um dos mais inteligentes presidentes dos últimos anos. Agora têm a estupidez a caminho do poder. A sobranceria e arrogância muito ao gosto da extrema direita, por isso esta tanto apoio lhe deu. Uma coisa estranha e até inédita nesta campanha foi a clara ingerência do FBI. Porque será que o FBI apareceu com a reabertura do caso dos e-mails de Hillary para depois dizer que não havia nada de importante? Porque tentou influenciar a campanha? Mistérios que o tempo trará à luz do mundo mais cedo do que tarde. A partir de agora, o precedente está aberto. Porque não Marinne Le Pen na França? Ela que foi das primeiras a felicitar Trump. Tudo é possível a partir de agora. Poderá parecer um problema distante. Um problema longínquo. Nada mais errado. Estas eleições terão consequências graves para a América mas também para o mundo. Este é um dia sombrio para a democracia americana. Este é o dia em que a América morreu!

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