A Inês "pintinhas"
Muitos estarão agora a pensar quem será esta Inês "pintinhas"? Já tinham ouvido falar neste espaço duma certa Inês, mas "pintinhas" é que não! Pois é dessa mesma Inês que vos falei durante muito tempo, acompanhada de fotos a preceito, que povoou este espaço durante alguns anos. Essa Inês que adoro, que é símbolo duma certa felicidade já em final de linha, uma certa luz intensa que ilumina o que resta da minha vida. A minha querida afilhada, pois é dessa Inês que vos venho aqui falar. A Inês tem estado em casa doente com aquela doença que é tão comum nas crianças, a varicela. Ficou toda pintalgada, daí o epíteto de "pintinhas", a que ela acha imensa graça. Porque os seus padrinhos não tiveram essa experiência na devida altura, fomo-nos resguardando um pouco porque segundo os especialista, esta doença altamente contagiosa, que é benigna em idades mais tenras, apanhada em idades mais avançadas, pode ser muito perigosa. Mas as saudades ditadas pela sua ausência eram cada vez mais difíceis de suportar. Até que na passada segunda feira fomos visitá-la. Como a doença já está em eclosão o risco de contágio era baixo, senão inexistente. Ela recebeu-nos sempre com aquela alegria contagiante de quem faz da doença uma festa, sempre alegre e prazenteira, a querer mostrar isto e aquilo, numa tentativa de recuperar o tempo de ausência que teve de nós. Mas, e este é o motivo destas linhas, a Inês sempre teve uma atitude gentil e amável para connosco. Como já somos de idade equivalente aos avós, para ela somos uma espécie de outros avós, daí o cuidado que põe nos seus gestos ainda pequenos mas de grande simbolismo. Vai daí, e enquanto conversávamos com a sua mãe, sobre o seu estado de saúde, ela via-nos de pé em amena cavaqueira. Para ela aquilo era uma violência para pessoas já de tão proba idade. Então a Inês, sem dizer nada a ninguém, vai buscar duas cadeiras e insiste connosco para que nos sentemos. Gestos destes tem ela amiúde em nossa casa, não querendo que nos baixemos para apanhar algo, ou outro esforço qualquer que, na sua ideia, representará um esforço grande. Tenta ajudar, tenta mimar, tenta acarinhar. Pois foi o que desta vez aconteceu na sua própria casa. A Inês sempre atenta não deixou de, mais uma vez, tomar cuidado, estar atenta aos seus padrinhos, mostrar enfim, o seu amor e carinho que tentamos retribuir. A Inês agora com 5 anos, já começa a entender melhor os "ruídos do mundo" e a ter atitudes em conformidade. Um pequeno gesto, um gesto simples, mas que nos tocou o coração. A Inês ainda com algumas "pintinhas" lá vai driblando os pequenos escolhos que a vida lhe vai colocando pelo caminho. Sempre com aquela alegria contagiante que a caracteriza. Irradiando aquela luz brilhante e intensa que nos aquece o coração. As melhoras Inês! Para a semana voltamos ao trabalho escolar para contares aos teus amigos mais esta aventura que a vida te proporcionou.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home