A vingança de Domingues
António Domingues era o administrador da CGD escolhido pelo governo. Foi-o durante alguns (poucos) meses. Porque achava que não tinha que seguir as regras tal qual todos os outros gestores públicos. Amuou. O ministro das Finanças cedeu. E tudo acabou desta maneira infeliz. Mas quando o governo e o presidente da República querem pôr um ponto final na questão, há quem não queira. Os partidos da oposição - que não têm já agenda alguma - vêm no facto algo que lhes caiu como por milagre nas mãos, - e até serve para perturbar a recapitalização da CGD que eles querem privatizar -, e logo para atacar o ministro que mais os incomoda. Incomoda e muito. Centeno tem resultados brilhantes para apresentar, que a oposição não queria, e que no estrangeiro são reconhecidos e alvo de manchetes. Mas há mais quem não queira. Aqueles que duma forma mais subtil, - sibilina até -, tentam minar a credibilidade do ministro e do próprio governo. Neste epicentro está a figura ressabiada de António Domingues. Sem coragem para dar a cara, utiliza os seus amigos para servirem de caixa de ressonância dele mesmo, enquanto covardemente se esconde atrás dum silêncio ensurdecedor. Os amigos vão passado para os jornais e para as televisões as mensagens e este, - porque não pode continuar escondido -, até já admite publicitar os famosos sms's numa comissão da inquérito da AR. (O curioso disto tudo, é que tendo passado para os media os tais sms's e deles se falar há tanto tempo ainda ninguém os viu! Porque será?). Tudo um lodaçal muito bem urdido, que até agora não produziu mais do que ruído. Incómodo sem dúvida, mas apenas e só ruído. Domingues lá continua escondido a fornecer elementos aos seus amigos, muito ao jeito subreptício dum MRPP onde ele militou, e que tenta esconder duma forma envergonhada. Parece que o defensor do proletariado de então, nem sequer gosta que se saiba qual o seu património, não vá o proletariado se insurgir. Uma chafurdice dum péssimo gosto, bem ao jeito duma opera bufa, que é o que tudo isto parece. Domingues é um grande gestor bancário, e disse julgo que ninguém tem dúvidas. Mas um homem que faz o que ele está a fazer e a maneira como está a proceder, não serviria para gerir nem um quiosque da baixa de que eu fosse proprietário. Porque quando se joga tão sujo, tão às escondidas, aponta sempre o perfil de carácter duma pessoa. António Domingues parece não o entender. Mas lá que aponta, aponta!...
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