Coisas de loucura ou talvez não!...
Temporal na rua. Contentores derrubados pela fúria da intempérie, uma combinação caótica que convidava a que qualquer mortal ficasse em casa. Mas não este vosso amigo! Lá fui cortando o vento, que por vezes, me tolhia o passo, e outras, me empurrava mais depressa. Madrugada de intempérie que, para alguns como eu, é um bálsamo para o seu exercício matinal. Coisa de loucos dirão muitos. Mas a esses, respondo-vos com uns versos de António Aleixo, que dizem assim:
Ser doido-alegre, que maior ventura! 
Morrer vivendo p'ra além da verdade. 
É tão feliz quem goza tal loucura 
Que nem na morte crê, que felicidade!
Encara, rindo, a vida que o tortura, 
Sem ver na esmola, a falsa caridade, 
Que bem no fundo é só vaidade pura, 
Se acaso houver pureza na vaidade.
Já que não tenho, tal como preciso, 
A felicidade que esse doido tem 
De ver no purgatório um paraíso...
Direi, ao contemplar o seu sorriso, 
Ai quem me dera ser doido também 
P'ra suportar melhor quem tem juízo.
Assim mesmo.
Um bom dia a todos!...
    
    
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