No aniversário da minha avó Margarida
Passam hoje 111 anos sobre o nascimento da minha avó materna, Margarida. Teve uma vida longa, nem sempre fácil, com era timbre no tempo conturbado em que viveu. Passou por duas guerras mundiais, com todo o cortejo de privações que esses tempos de chumbo lhe trouxeram. Viveu na monarquia e na República. Depois na ditadura e ainda teve tempo de saborear os ventos da Democracia. Uma vida preenchida mas que fez dela uma pessoa firme e resoluta. Foi com ela que praticamente fui educado. E que educação ela me deu! Apesar da sua simplicidade, ela era uma mulher tenaz, que lutava até ao limite das forças. Sempre forte, parede firme onde me acolhi muitas vezes. De fortes convicções, de grande religiosidade que não beata, ela era uma mulher de causas. Assim me foi transmitindo o seu nobre exemplo à sombra do qual fui crescendo. Hoje faria 111 anos. É curioso que, como já afirmei aqui muitas vezes, na minha família nunca se deu importância aos aniversários. Ainda hoje na minha casa se passa o mesmo. Mas a data de aniversário da minha avó e da minha mãe, foram sempre as únicas que ocuparam espaço na minha mente. Confesso que não sei a razão. Mas foi sempre assim. E ainda é, prova disso, é esta memória que aqui vos trago. Parabéns, minha Avó. Lá onde estiveres que estejas em paz. (Na velha foto que aqui vos trago, ela teria cerca de 50 anos, e eu andava pelos 8. Esta imagem foi colhida em Coimbra num dos passeios organizados pela escola primária (básica) que então frequentava. Que recordações enormes esta foto encerra para mim).
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