A 'proporção divina'
Depois da reflexão em torno de π (Pi) buscando a ligação de como a minha afilhada Inês me tratava quando era mais pequena, agora olhemos para algo ainda mais surpreendente, como é a chamada 'proporção áurea' também conhecida por 'proporção divina'. Já pensaram quantas pétalas tem a coroa-de-cristo? Pois, tem duas. E a flor-de-lis? Tem três. E a trombeta dourada? Pois, tem cinco. Se repararem este é o padrão da chamada sequência de Fibonacci. E o que é esta sequência? A sequência de Fibonacci é uma sequência numérica em que cada algarismo resulta da soma dos dois algarismo anteriores. (i.e. 2 3 5 8 13 ...). A distribuição de pétalas numa flor não aparece por acaso, antes resulta duma sequência matemática. Mas o mais curioso é que a sequência de Fibonacci converge sempre para o chamado 'número de ouro', isto é, Φ(Fi)=1,618… . Das pétalas de uma flor à ordem de folhas num galho, dos triângulos isósceles à formação em estrela das sementes das maçãs, passando pela relação entre as pressões sanguíneas médias sistólica e diastólica na aorta, do formato de um molusco, aos ângulos das ligações internas das moléculas fundamentais para a vida como a água, a amónia e o metano, às proporções de partes do corpo humano, tudo converge para a 'proporção áurea'. Muitos artistas já a tinham utilizado antes conscientemente ou não. Ela é assumida em muitas das obras de Leonardo Da Vinci, em seres como o náutilus ou em plantas como o girassol. Apenas para dar alguns exemplos. Mas também nos movimentos da Terra e na disposição dos planetas no espaço sideral. Desde tempos muito remotos que mergulham na Antiguidade Clássica, desde Pitágoras até aos nossos dias, o estudo da "proporção áurea" tem desafiado as mentes mais brilhantes que se questionam sobre o mundo que nos rodeia. Um dos mais recentes e famosos a pensar sobre o tema foi Einstein na sua teoria da relatividade. Isto é algo que nos desafia, desde logo o intelecto, e nos questiona sobre a nossa caminhada no mundo e na envolvência que nos rodeia. A matemática tem coisas tão interessantes quanto surpreendentes. E quando se fala de Φ (Fi) estamos a falar da "linguagem matemática da beleza". Se o falar sobre π (Pi), daria um curso, falar sobre Φ (Fi) daria um outro ainda mais extenso. Porque no mundo, na nossa vida, no mais insignificante objeto, encontraremos sempre uma relação matemática. Afinal "o mundo é matemática".
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