Que ensino é este que temos?
Acabou de ser conhecida a classificação das escolas secundárias portuguesas no ano de 2017. E, meus amigos, confesso que aquilo que foi publicitado é, no mínimo, aterrador. Apenas 88 escolas conseguem ter uma posição interessante no ranking com médias aceitáveis com alunos sem negativas. Tudo o resto é um profundo deserto sem fim à vista. Apesar de onze delas ainda inflacionarem as notas! O que é, só por si, grave. Naturalmente que, embora me interessando o panorama geral do país, quis olhar para aquilo que se passava no meu concelho, Matosinhos. A imagem anexa diz tudo. O nível é fraquíssimo, todas elas com média negativa! Um desastre completo. Sei do baixo nível dos estudantes nestas escolas por conhecimento direto de alguns deles. Sei que apesar disso, lá continuam a passar arrastando a sua ignorância e impreparação ao longo de anos. E isso é grave. Sei que naturalmente, os encarregados de educação o que desejam é que os seus pupilos passem de ano. Até posso concordar, mas o que já me incomoda é que não estejam tão comprometidos com o nível de conhecimentos que os seus educandos transportam em si, que é no mínimo, horrível. E isso acontece porque as escolas estão mais preocupadas com as estatísticas do que com os conhecimentos dos alunos, e estes vão ao longo dos anos passando com um défice de saber que se vai ampliando à medida que os anos passam. Alguns, mais hábeis ou a quem a sorte vai protegendo, até acabam por ingressar no ensino superior, e lá vão de novo, fintando a ignorância e, em alguns casos até acabam por concluir os seus cursos. Mas quando chegam ao mercado de trabalho as coisas são muito diferentes. E depois é vê-los a arrastarem-se aqui e ali, com ordenados miseráveis, com atividades menores, sem que consigam sair desse círculo infernal. Porque no mercado de trabalho as pessoas estão mais expostas e a margem de erro é maior. E assim, estas novas gerações vão palmilhando caminhos agrestes sem que, na maioria dos casos, nem sejam os principais culpados. Venho alertando há muito, para o baixíssimo nível do ensino no nosso país. Cada vez os conhecimentos são mais parcos, e depois, lamentam-se da falta de oportunidades. Quem é bom tem sempre mercado, uma máxima que continua a ser verdadeira. E o nível de ensino em nada beneficia esta ideia. O concelho onde vivo é bem disso um triste exemplo. E isso é mau, muito mau.
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