Turma Formadores Certform 66

Wednesday, September 12, 2018

No meio da confusão

Volta e meia sou surpreendido por atitudes que julgo não merecer, neste como noutros espaços. Sei que não se é bom juíz em causa própria, mas mesmo assim atrevo-me a dizê-lo. Isto por uma insólita situação fruto de confusão que espaços como este por vezes induzem. Mas vamos ao essencial da questão. Há um par de meses de atrás, veiculei uma situação duma matilha que andava num determinado sítio e que contava com o apoio duma pessoa que, dentro das possibilidades, tentavam minorar o seu sofrimento. (Inclusive, e tanto quanto julgo saber, já teria contactado a autarquia para ajudar a resolver o caso sem que tal tivesse acolhido qualquer provimento). Achei o caso louvável e dele dei nota neste espaço. Nesse mesmo dia, fui alertado por uma outra pessoa, que a situação não correspondia à realidade, porque ninguém queria abater os animais, apenas e só queriam resgatá-los. E como até essa altura a pessoa em causa me merecia o melhor acolhimento, publiquei nessa mesma noite um desmentido, omitindo o nome da pessoa em causa a pedido desta. A situação iria resolver-se em breve ao que me foi dito. Entretanto deixei de ouvir falar do caso. Meses mais tarde, voltei ao contacto da pessoa que me tinha pedido o desmentido e disse-me que o caso já tinha sido resolvido e até os animais tinham sido todos adotados. Confesso que achei estranho porque eram muitos e todos sabemos como é difícil as adoções entre nós. Mas aceitei. Contudo quis conferir o caso com a pessoa que denunciou a situação que, - duma forma para mim surpreendente -, me disse que nada disso era verdade, que tudo continuava igual, sublinhando o que dizia com várias fotos e vídeos. Contactei a outra pessoa e enviei-lhe aquilo que tinha recebido. Acabei por receber a informação que talvez houvesse um lapso na informação! Tudo muito esquisito, mas não ficou por aqui. Tentei em 'in extremis' por as pessoas a contactarem uma com a outra porque achei que assim seria mais fácil resolver o assunto. O certo é que dia após dia, de adiamento em adiamento, nunca conseguiram falar um com o outro. Como é natural a dúvida instalou-se... até em mim, confesso! Ontem, surpreendentemente, recebi uma mensagem do denunciante do caso, a por em dúvida a credibilidade das pessoas, desde logo, a minha, mas também a da outra pessoa. Quanto à outra pessoa nada tenho a ver, apenas é um contacto deste espaço numa altura em que apoiava uma matilha numa zona que, - ao que julgo saber, a pessoa em causa habita -, matilha essa que me ocupou durante 17 anos e que teve o seu epílogo à cerca de um ano atrás com a adoção do último cachorro. Quanto a mim, as coisas são diferentes. Como muitas vezes aqui afirmei, nunca fiz dos animais objeto de negócio ou de propaganda para outros fins. Continuo a apoiar animais, mas disso nunca dei conhecimento neste espaço, como nunca andei a pedir o que quer que fosse a ninguém. Este espaço, como hoje dei nota à pessoa que me contactou a por em dúvida a minha credibilidade, tem sempre um propósito de apoio a animais, que faço com todo o gosto, ou a pedido ou porque acho importante que tal tenha visibilidade, como aliás, foi o caso que motivou esta confusão. Depois é um espaço de índole cultural que é seguido por algumas pessoas com as quais troco ideias bem construtivas. Cumpre também informar que tenho 62 anos e que sou economista de profissão, o que me dá o estatuto de pensar que a idade das brincadeiras já passou à muito. Tudo está transparente no meu perfil. Nunca me escondi atrás de falsos nomes ou de fotos de cães, gatos, pássaros ou quejandos. Sempre dei a cara por me ensinaram a ser responsável pelos meus atos. Sempre fui transparente ao longo da minha vida porque assim me foi inculcado desde a meninice já longínqua. Mas para que nenhuma dúvida persista, informo que me afastei hoje mesmo deste caso e que nada mais farei para interferir com ele. Apenas quis ajudar e acabei apedrejado por ambos os lados sem saber bem porquê. Contudo, este espaço está e estará sempre aberto a todos os que queiram divulgar animais em risco, desde que não utilizem qualquer forma de agressão seja contra quem for e/ou linguagem vernácula que não é bem vinda neste espaço. Lamento o sucedido quando, reafirmo aqui, apenas e só quis ajudar a resolver, com as armas que possuía esta situação. Deixo aqui, a título de conclusão, um bem haja a todos os que fazem da ajuda a animais a sua missão no sentido de lhes minorar o sofrimento. A todos um muito obrigado. Àqueles que conseguiram ler este desabafo até ao fim, para além do meu obrigado, passaram a ser objeto da minha admiração e o meu obrigado também por isso. 

José Ferreira

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