A saga da Rosita
A Rosita por cá vai andando alegre e prazenteira, como a sua juventude implica. Vai ensaiando umas fugas do Nicolau, embora este já não consiga acompanhá-la. Sempre anda de volta de nós, a pedir colo e carícias. Come bem, está bastante anafadinha, embora com aquele ar de caçadora que tanto me entristece. Tenho que compreender que é o seu instinto, mas confesso que não é fácil, porque cá em casa não se matam animais sejam eles quais forem. É uma situação estranha esta da Rosita enjeitar os seus donos, embora estes de donos só lhe terem o nome. Logo de manhã cedo aparece para comer, e às horas habituais das refeições aí anda ela para obter a sua. Muitas vezes dorme por cá numa das duas camas que tem. Aparente feliz, só assustada com as gatas da vizinhança que volta e meia a atacam. Tentamos evitar isso, mas não tem sido fácil. Assim se vão consumindo os seus dias, nesta alegre disponibilidade que a Rosita sempre tem.
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