Turma Formadores Certform 66

Wednesday, September 25, 2019

Servir a dois senhores...

O mundo em que vivemos decidiu que o dinheiro é o deus fundamental e que tudo deixa de ter importância, desde que se possam acrescentar mais uns números à conta bancária. Para ganhar dinheiro, há quem trabalhe 12 ou 15 hora por dia, num ritmo escravo, e prescinda da família e dos amigos; por dinheiro, há quem sacrifique a sua dignidade e apareça a expor, diante duma câmara de televisão, a sua intimidade e a sua privacidade; por dinheiro, há quem venda a sua consciência e renuncie a princípios em que acredita; por dinheiro, há quem não tenha escrúpulos em sacrificar a vida dos seus irmãos e venda drogas e armas que matam; por dinheiro, há quem seja injusto, explore os seus operários, se recuse a pagar o salário do mês porque o trabalhador é ilegal e não se pode queixar às autoridades. Que pensamos disto? Ser escravo dos bens, é algo que só acontece aos outros? Talvez não cheguemos, nunca, a estes casos extremos; mas, até onde seríamos capazes de ir por causa do dinheiro? Jesus avisa os discípulos de que a sua aposta obsessiva no 'deus dinheiro' não é o caminho mais seguro para contribuir valores duradouros, geradores de vida plena e de felicidade. É preciso - sugere Ele - que saibamos aquilo em que devemos apostar... O que é, para nós, mais importante: os valores do 'Reino' ou o dinheiro? Na nossa atividade profissional, o que é que nos move: o dinheiro, ou o serviço que prestámos e a ajuda que damos aos nossos irmãos? O que é que nos torna mais livres, mais humanos e mais felizes: a escravidão dos bens ou o amor e a partilha? Todo este discurso não significa que o dinheiro seja coisa desprezível e imoral, do qual devamos fugir a todo o custo. O dinheiro (é preciso ter os pés bem assentes na terra) á algo imprescindível para vivermos neste mundo e para termos uma vida com qualidade e dignidade... No entanto, Jesus recomenda que o dinheiro não se torne uma obsessão, uma escravidão, pois ele não nos assegura (e muitas vezes até perturba) a conquista dos valores duradouros e da vida plena.

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