A perturbação dos sentidos
A RTP2 está a passar uma excelente série com o título 'A Arte nos Museus'. Este foi o pretexto para recordar algumas obras que tive o privilégio de ver, bem como, museus que visitei em Portugal e fora do nosso país. Assim, achei por bem trazer a este espaço obras importante da arte mundial independentemente de me dizerem muito ou pouco. Hoje proponho-vos um dos mais famosos pintores noruegueses de nome Edvard Munch. Confesso que não sou apreciador de Munch. As suas obras sempre me perturbaram os sentidos sem que saiba a razão para que tal aconteça. Não conheço muito da sua obra, e nunca a vi ao vivo. Apenas dos livros de arte ou através da internet. Um dos quadros que vos proponho é talvez a sua obra mais conhecida 'O Grito'. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O plano de fundo é a doca de Oslofjord, em Oslo ao pôr-do-Sol. 'O Grito' é considerado uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da Vinci. Isto pode ser assim para gente versada em arte, - o que não é o meu caso -, talvez por isso confesso algum incómodo face à obra. Sempre associei Munch a uma figura problemática e depressiva (que ele foi na sua vida) mas sem a luminosidade dum outro neurótico como foi Gustav Mahler que, noutra área da arte, não deixou de brilhar e escrever páginas de música com muita cor. Em Munch isso não aconteceu na minha opinião. Curiosamente apenas os vários sóis que foi pintando nos trás alguma alegria e luminosidade, mas insuficiente face a tudo o resto. Provavelmente serei eu que não tenho engenho e arte para chegar ao trabalho de Munch. Sempre considerei a sua obra sombria e difícil apesar da simplicidade que as suas obras encerram o que parece uma contradição. O quadro em causa está exposto no Museu Munch, em Oslo, onde se conservam a maioria das suas obras, embora outras estejam na Galeria Nacional também em Oslo.
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