Comentários, parvoíces e outras controvérsias
Não costumo responder a questões que diretamente me colocam sobre o perfil deste espaço, já com alguns anos de história, mas desta feita vou fazê-lo porque acho oportuno. Uma das primeiras questões que me colocam é o porquê de eu não apagar comentários na minha página quando estes indiciam algum comportamento menos próprio. A resposta é simples e evidente. Como já por várias vezes aqui afirmei, este espaço é uma espaço de liberdade onde cabem todos e, especialmente, aqueles que têm opiniões diferentes da minha. Não creio nos princípios de unicidade em que apenas cabem os que pensam como eu. Somente rejeito pessoas que pelo seu comportamento e/ou linguagem imprópria por aqui aparecem porque esses não têm lugar neste espaço onde nem sequer são bem vindos. E então porque é que mantém esses comentários impróprios, perguntam. A razão também não carece de dificuldade. Se eu os apagar, muito provavelmente apenas eu ou alguns poucos terão visto o que lá se escreveu estando assim a favorecer o infrator. O deixar lá o comentário é o pior que se pode fazer a quem o produziu porque deixo exposta uma pessoa mal educada, incapaz de produzir uma ideia com substância, onde apenas a grosseria cabe porque não tem outros argumentos para rebater o que quer que seja. É uma espécie de pelourinho onde deixo a marinar aqueles que fazem alarde da sua baixa condição educacional, embora pensando que estão a produzir obra literária digna de Prémio Nobel. Que o produzam nas suas páginas é algo que cabe a cada um, mas que invadam espaços terceiros para mostrar aquilo que realmente são, é bem mais controverso. É do debate sólido e consistente, da troca de ideias consubstanciadas em algo firme, que seremos capazes de evoluir. O reles insulto ou a linguagem de sarjeta nunca poderão elevar ninguém embora muitos não saibam disso. Como também já aqui disse por diversas vezes, não costumo frequentar as páginas de ninguém, ou melhor, frequento poucas que me dão interesse e prazer porque na maioria dos casos existe muito lixo onde nada de útil se pode de lá tirar. E assim, nunca invado a página de terceiros com comentários idiotas que, desde logo, me ficariam mal, e em nada contribuiriam para aprofundar algo. A ligeireza com que nestes espaço se produz aberrações, - inclusivé com erros ortográficos graves -, é impressionante, e quem o faz ainda não percebeu que isso só atinge os seus autores - eles próprios - e não terceiros. Este não é o terreno que piso e todos disso têm conhecimento pelos muitos anos que por aqui ando. Quanto aos outros ou são bloqueados, (quando a linguagem usada persiste depois de avisados), ou quando muito são tolerados, como se tolera uma criança que pela sua fragilidade intelectual por vezes revela uma certa estultícia no seu comportamento. Uma rede social, um blog, ou algo em que nos expomos aos outros devem ser espaços preservados, desde logo de nós próprios e depois dos outros. O que se assiste na maioria dos casos é precisamente o contrário. Onde parece que alguns têm orgulho em mostrar que o esgoto onde estão lhes parece um hotel de cinco estrelas. Enfim, isso também dá mostra daquilo que atrás já referi. Daí esta tolerância, - dentro de algumas regras naturalmente -, que tanto parece admirar muita gente. A tolerância sempre foi o que me moveu até hoje porque estas pessoas que têm este comportamento são mais dignas de pena do que de outra coisa. Pessoas com vidas mal resolvidas onde o ódio é a pedra de toque a começar pelo ódio a si mesmas. Talvez sinal dos tempos, - dirão alguns -, mas também, - acrescento eu -, a falência daquilo a que chamo de escola primordial. Queiramos ou não, acabamos sempre por chegar aí, afinal é no princípio que tudo se molda... ou não.
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