Em torno do Ano Novo (Ou o Ano Novo aos olhos duma criança)
Vou contar-vos algo que nunca contei até hoje e que se prende com o Ano Novo. Estas festas como é o caso do Natal e do Ano Novo assumem um especial contorno que me leva a que esteja sempre à espera que passem depressa. Coisas dum outro tempo que me deixou marcas profundas. Mas a festividade do Ano Novo tinha um sabor especial. Um dia tudo isso passou. Tal como no Natal de antanho fiquei dececionado quando me apercebi que era o meu avô materno e padrinho que colocava os brinquedos na chaminé, algo semelhante se passou com o Ano Novo. Ainda criança não tinha a perceção dos fusos horários e de como estes afetavam o tempo nos diferentes países. Nessa altura, a televisão era coisa que poucos tinham e a rádio era o único veículo de comunicação. Mais tarde, e mais crescido, já com televisão, vi que ainda de manhã entre nós já era meia noite noutras paragens, o que implicava que a passagem de ano fosse sendo feita ao longo de várias horas. E também aqui a magia da passagem de ano se esboroou. Até aí pensava que a meia noite era no mesmo momento para todos. E assim se foram esbatendo os mistérios do calendário que a mente duma criança foi criando até ao dia em que tudo desabou. Coisas curiosas de recordar à distância de décadas.
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