As incongruências das redes sociais
Vimos assistindo a um incremento das incongruências das redes sociais fruto, talvez, do número cada vez maior de frequentadores. Mas que tal está a acontecer está. Ontem publiquei um pequeno vídeo sobre animais que me tinha sido enviado por mensagem privada, inclusive, por diversas pessoas. Qual não foi o meu espanto quando recebi uma mensagem alguns minutos depois a dizer que havia ali algo que era propriedade de alguém. E tal aconteceu porquê? Porque não o podendo retirar diretamente das mensagens que recebi, optei por fazer o seu download e depois a sua publicação. 'Estultícia!' gritarão os puristas. (Tão importunados, mas se calhar indiferentes que as suas identidades andem por aí ao deus dará). Mas fiquem descansados que o retirei logo de seguida. Mas não fiquemos por aqui. Há uns meses atrás publiquei um elogio à nossa ministra da Saúde, Marta Temido, que muito aprecio. Logo apareceu uma mensagem sobre o covid-19 mais umas palermices associadas. Aqui não me fiquei e contestei. Porque não se tratava de tratar mal o Sr. covid - ainda não percebi porquê este alarido, talvez um dia se venha a saber a verdade - mas sim porque era um elogio a uma pessoa que acho que o merece. Expliquei a situação e lá aceitaram porque não poderia ser doutro modo, a menos que quisessem fazer uma triste figura, qual Don Quixote cibernético. Mas ainda há mais. À cerca de quatro meses publiquei um desenho dum nu feminino com a devia referência e logo os facebookianos vieram a terreiro retirar a imagem por atropelo à moral e bons costumes como se dizia por cá em tempos de ditadura. Mas o mais curioso foi que esse mesmo esquisso foi publicado no Instagram - gerido pela mesma gente - e lá tudo passou incólume. Como é isto possível? Que se está a passar com toda esta trapalhada? Será que tem a ver com aquela expressão tão portuguesa de 'virtudes alheias, vícios privados'? Confesso que estou espantado e confuso. Porque será que o os facebookianos não se preocupam com as aldrabices que lá são publicadas? E já agora, porque não reprimir a linguagem grosseira, reles e ordinária que se vê em muitas páginas que mais parecem canos de esgoto? Será que isso dignifica as redes sociais? É isso que querem? É disso que gostam? Tal incongruência não se entende. Sei que estes espaços são geridos por uma qualquer IA (inteligência artificial) mas não seria melhor colocar pessoas com mais formação nas diversas áreas, - potencialmente mais inteligentes -, para que não fosse possível termos que escrever estas coisas? Sei que gerir milhões de escritos diariamente não será fácil, mas se não têm capacidade, pois limitem os espaços ou simplesmente fechem-nos, porque de nada servem a não ser para difundir a bílis de gente mal resolvida zangada com a vida, com o mundo. Mas isso é bem mais complicado porque os interesses económicos são um entrave, não é verdade, amigos facebookianos?
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