Turma Formadores Certform 66

Monday, January 27, 2025

Nos 80 anos de Auschwitz-Birkenau

Passam hoje 80 anos após a chegada das tropas soviéticas (hoje russas) ao campo de concentração de Auschwitz- Birkenau. Depois da maior escuridão que a Humanidade conheceu nos tempos modernos, o raiar dum novo dia, com mais esperança estava prestes a surgir. Ainda hoje nos chocam as imagens de horror do que se passou nesse campo, que era apenas um dos mais de 13 mil que os nazis tinham ao serviço da sua máquina de morte. Apesar do muito que passaram ainda existem alguns sobreviventes desse campo de morte. Um deles impressionou-me quando o vi na televisão a dizer que "não sabíamos do que se passava. Apenas exista um fumo que penetrava em tudo com o cheiro horrível a carne queimada". Como é que isto foi possível? Como é que o mundo deixou que isto acontecesse só vindo a intervir quando - como é costume - vêm os seus interesses postos em jogo, ou têm algum plano obscuro de hegemonia. "Arbeit macht frei" (O trabalho também liberta) era o lema desse horrendo campo de morte que se lê logo à entrada do campo. (E quantos outros não existirão por esse mundo fora sem que o saibamos, sem publicidade, porque esta pode por em causa outros desígnios). Auschwitz foi um símbolo. Um símbolo de tudo aquilo que o ser dito humano é capaz de fazer ao seu semelhante. 80 anos passaram. A memória essa fica para sempre. Porque não se pode esquecer o que lá se aconteceu. Para que não mais se volte a repetir. Se não visitaram este campo de morte, - hoje transformado em destino turístico -, e se tiverem possibilidade de o fazer, não deixem de passar por lá. Para além, dos jardins mais ou menos tratados e das árvores silenciosas, lembrem-se que não à muitos anos a bestialidade humana andou por ali. Façam silêncio e orem por todos os que encontraram a tortura, o trauma para a vida, a violação, a morte. Que nunca mais imagens dessas passem pelo nosso imaginário mais profundo. Já agora aproveito para vos indicar, mais uma vez, um grande livro duma grande mulher, - ela também prisioneira em Auschwitz -, de nome Simone Veil, que chegou a ser presidente do Parlamento Europeu. O livro chama-se 'Madrugada em Birkenau" e merece uma leitura muito atenta. É preciso ter memória, não esquecer, sobretudo nos dias de hoje em que forças do mesmo teor se perfilam na Europa e não só. Seja na Ucrânia ou na _Faixa de Gaza. seja na Argentina ou no Chile para onde muitos nazis fugiram após a derrota, A Europa é um símbolo de liberdade e não pode permitir que forças dessas voltem ao poder. União é necessária. Como é costume dizer-se, unidos somos mais fortes.

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