Turma Formadores Certform 66

Saturday, May 24, 2025

9 meses de memória da Sofia Flor Rocha

Nove meses já passaram sobre o trágico acidente que ceifaria a vida da minha querida amiga Sofia Flor Rocha. A Sofia era uma jovem de rija têmpera, uma daquelas mulher do norte, - de que muito se orgulhava -, determinada, afirmativa, com forte personalidade. Com ela tive uma cumplicidade enorme feita de muitas conversas profundas e interessantes. Recordo que tínhamos agendado para novembro ou dezembro do ano passado um encontro pessoal. A Sofia estava a trabalhar em Lisboa mas estava a pensar voltar ao Porto. Queria iniciar algo para o qual pediu a minha ajuda e colaboração. Nunca soube exatamente o que era porque o destino acabou por interromper a sua jovem vida. A Sofia partiu mas deixou muito por cá. Lembro-me do amor e carinho com que me falou da sua sobrinha que lhe era muito querida enviando-me uma foto em que as duas estavam. Lembro-me do amor pelos animais que motivou muitas conversas entre nós. Lembro-me das picardias que trocávamos sobre futebol e o seu amado FCP (mesmo sabendo que não era adepto desse desporto). Lembro-me dos 'encontros' desenhados para ter lugar nos Aliados, à boleia da canção do Pedro Abrunhosa. Lembro-me de ter feita da 'Nossa Dança' - a canção dos Calema - o nosso hino que muito dizia a ambos. Mas também me lembro daquele contacto que ela teve comigo pelas 23,30 horas da noite de sexta-feira, (anterior ao seu falecimento), estando ela em Braga, bem como da mensagem que lhe enviei pelas 2,30 horas da madrugada e que nunca teve resposta. Ao princípio pensei que nem a tinha lido, afinal era fim de semana e ela teria indo para a farra com os amigos. Mais tarde vim a saber que já estava morta nessa altura. Tudo isto são memórias que ficarão para sempre. Tudo isto são coisas que fazem com que sintamos sempre aquele sabor amargo duma conversa inacabada, abruptamente interrompida pelo destino. A 'minha menina da Foz' partiu à nove meses, mas tantas estórias deixou de cumplicidade, de carinho e, por que não, de amor. Descansa em paz, Sofia!

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