A crise financeira e a recessão VI
De novo voltamos ao tema, já longo neste espaço, mas o momento que atravessamos assim o impõe. Isto porque voltamos a assistir a uma inflação negativa de 1,2% que foi anunciada esta semana. Tem-se falado muito da crise, o que pode ser mau, visto criar um clima, mesmo no subconsciente, que leva a que baixemos os braços, como se fossemos impotentes para ultrapassar a situação. Curiosamente, não se tem falado tanto de deflação, que é o aspecto mais grave que a crise pode assumir. Porque será? Pelo receio da gravidade da situação? Porque para a maioria das pessoas, o termo diz pouco, por demasiado rebuscado? Seja lá pelo que for, da deflação ninguém fala, e não é só em Portugal que tal acontece. Mas o grave de tudo isto é que, mesmo não se falando dela, ela está mais próxima do que parece. No caso português, um novo indicador de inflação negativa é indiciador disso mesmo. Alguns dizem que, tenta-se compensar a descida do índice de preços com o aumento dos combustíveis, para que o índice não cai demasiado. Tem lógica, mas todos sabemos que quando se fala de combustíveis a lógica segue outros parâmetros nem sempre claros para a maioria das pessoas. Mas vamos estando atentos, para ver se as coisas não pioram ainda mais. A tão propalada retoma que muitos anunciam, desde logo os ministros das finanças do G8, ainda ontem, mais parece uma injecção de coragem do que outra coisa. Vejam o deserto da cidade de Detroit, que foi a capital do automóvel durante muitos anos nos EUA, que está a ser abandonada por todos, ficando apenas aqueles que não o podem fazer, com casas a serem vendidas a 1 dólar(!). Parece que estamos de regresso ao "far-west", com todo o cortejo situações que isso implica. Mas o mais grave é que se calhar estamos mesmo, por isso à que nos precavermos, porque a crise não será tão passageira como dizem, embora os políticos tentem dizê-lo, mais para aumentar a auto-estima das populações, do que por copnvicção. Mas tenhamos fé, tudo o que começa acaba, e esta crise também há-de ter um fim, o que não se sabe é quando.
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