Conversas comigo mesmo - XCII
Este domingo comemora-se a festa da Santíssima Trindade. Esta festa é um convite à contemplação do mistério de Deus. E para nós, cristãos, contemplar Deus é olhá-Lo à luz do evangelho, pois acreditamos que Jesus Cristo é o ponto máximo e definitivo da sua revelação. É a partir d'Ele que descobrimos que Deus, na sua realidade mais profunda é um mistério que se balbucia com palavras como amor, doação total, comunhão plena de pessoas, família: Pai, Filho, Espírito Santo. Um amor que nos envolve, nos chama e nos acolhe; uma família que a nós se abre e se nos oferece não só como meta e destino da nossa vida e da nossa história, mas também como modelo fundamental. Por isso, crer no mistério da Trindade é, sobretudo, vivê-lo. Viver à imagem de Deus, viver a Trindade, significa sair dos nossos egoísmos e dos nossos individualismos; significa abrir-se ao relacionamento, ir ao encontro do outro, buscar o diálogo e a compreensão, interessar-se, empenhadamente, na construção e na vivência de um espírito de comunidade nos vários espaços em que se desenrola a nossa vida e a nossa actividade. É nesta perspectiva que se entende a beleza e a profundidade daquele pensamento de Santo Agostinho: "Entenderás a Trindade se viveres na caridade", pois "Deus é amor".
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