"TEMPLÁRIOS - de Milícia Cristã a Sociedade Secreta", vol. 3 - Eduardo Amarante
"Há 709 anos, numa sexta-feira, dia 13 de Outubro de 1307. Início da fatídica perseguição aos Templários, levada a cabo em França pelo poder real com a anuência do poder papal. Recordamos esta data como forma de reverenciar esses monges-guerreiros e todos aqueles que têm lutado, ao longo da História, pelo engrandecimento espiritual do Homem e que, por isso mesmo, têm sido vítimas da intolerância e do fanatismo. Foi, precisamente, há 706 anos, numa fatídica sexta-feira, dia 13 de Outubro, que se iniciou, a mando do rei de França, Filipe IV, o Belo, o processo maquiavélico de perseguição aos templários, que levaria, cinco anos mais tarde, à extinção da Ordem do Templo e, dois anos depois, à morte na fogueira do Grão-mestre, Jacques de Molay. Este acontecimento não pode nem deve ser esquecido por todos aqueles que amam a Verdade e que acreditam na evolução espiritual do ser humano. E isto, porque, tal como no presente momento histórico, tratou-se, naquela época, de um combate entre o Conhecimento e a Ignorância, o Eclectismo e o Dogmatismo, a Tolerância e a Intolerância, a Liberdade de Expressão e a Censura ou Inquisição, a Luz e a Obscuridade, travado em dimensões físicas e supra-físicas. O “perdão” dos Templários foi mais um ardil engendrado pelos seus perseguidores. Alguns irmãos de base, desconhecedores da doutrina interna da Ordem, caíram na armadilha, por fraqueza e por ignorância. Mas o mesmo já não sucedeu com os seus altos dignitários. Na verdade, o acto de perdoar implica o reconhecimento da culpa por parte do acusado. Não há perdão para quem se considera inocente. Filipe o Belo, seus mentores ideológicos Pierre Dubois e Enguerrand de Marigny, o seu “braço direito” Guilherme de Nogaret e o inquisidor-mor Guilherme Imbert queriam, com efeito, perdoar politicamente os templários como forma de legitimar a condenação da Ordem do Templo. Mas não o conseguiram, apesar de terem recorrido aos mais tenebrosos meios ao seu alcance: perjúrio, calúnias, perseguições, torturas, execuções... A Ordem do Templo foi extinta em 1312, mas não excomungada nem condenada, por não haver matéria de facto que a incriminasse. Quero, contudo, sublinhar que a Ordem dos Templários ainda sobreviveu por mais dois séculos em Portugal, sob o nome de Ordem de Cristo, graças à acção notável dos nossos reis-iniciados que, conhecedores da doutrina interna da Ordem, distanciada dos dogmas da Igreja de Roma, permitiram o cumprimento da sua segunda missão, que se traduziu na expansão marítima. Porém, ainda não soara a hora de os ventos da História levarem a porto seguro o cumprimento da terceira e última missão: a concretização no mundo do Quinto Império ou Império Espiritual. Os ventos adversos, tempestuosos, do materialismo e do obscurantismo, outrora como agora, alimentando-se do ódio e da separatividade, tudo fizeram e tudo fazem para que não haja entendimento entre o Ocidente e o Oriente, porque não procuram a paz e a concórdia, mas sim o poder com base na opressão mediante a ignorância. A Ordem do Templo e, depois, a Ordem de Cristo, dadas as condicionantes históricas, tinham de ser extintas, porque o mundo não estava, como ainda não está, preparado para ver realizado o sonho que levará a humanidade a dar um enorme salto na sua evolução espiritual: a união entre o Oriente e o Ocidente, o Crescente e a Cruz, a Religião e a Ciência." - Eduardo Amarante in "TEMPLÁRIOS - de Milícia Cristã a Sociedade Secreta", vol. 3.
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