Turma Formadores Certform 66

Wednesday, November 29, 2017

Críticos, eu vos respondo!...

Nas últimas vinte e quatro horas muitos foram os comentários em torno do resgate e adoção do Repinhas. E não deixa de ser curioso. A maioria das críticas vieram por mensagem privada. Bem que poderiam, - e até deveriam -, tê-las feito publicamente. Porque eu não ando escondido atrás de nenhum arbusto, nem de símbolos (por vezes, ridículos) nas redes sociais, apenas e só para esconder a minha identidade. Sou quem sou, ando nisto há muitos anos e não recebo lições de ninguém. (Apenas as de quem tem obras maiores para apresentar, e a esses, curvo-me respeitosamente). Mas a sina lusa é mesmo esta, todos somos treinadores de bancada, mesmo não sabendo dar um pontapé numa bola. A adoção do Repinhas era algo por que lutei durante anos, bem como, pela sua família. Alguns foram adotados, outros morreram, outros nem sei o que lhes aconteceu, simplesmente, desapareceram. O Repinhas foi resistindo. É um sobrevivente. Mas quando no verão passado vi que estava na iminência de ir para o canil, fiquei muito preocupado. Mas não vi grande coisa. Para além dumas páginas de apoio, de uns NIB's - sempre os NIB's! -, o resto continuou igual. Muita parra para tão pouca uva. Até que, depois de durante anos andar a tentar a adoção, eis que uma Amiga - com letra maiúscula porque o merece - apareceu para ajudar. Se querem um culpado, pois esse aqui está a responder-vos. Fui eu que tentei e consegui resolver este problema que me angustiava. Se querem saber quem me estendeu a mão para me ajudar, pois essa pessoa dá pelo nome Margarida Ferreira e, é detentora duma obra em prol dos animais que fariam corar de vergonha, muitos destes 'críticos' de redes sociais. Confio plenamente na Margarida, - e quero aqui deixar isso bem claro -, por isso aceitei a sua ajuda. Sei que o Repinhas sobreviverá que se adaptará como o fez ao longo dos anos e nas situações mais extremas. Vi o Repinhas - e a sua família - cobertos de geada em pleno inverno. (Fui eu que lhes limpei, muitas vezes, as costas cobertas de gelo quando eles, juntos uns dos outros, tiritavam de frio). Vi rastos de sangue quando alguns energúmenos faziam desporto com os carros a ver quem esmagava mais bebés desta matilha. Vi até a mãe do Repinhas ter sido queimada por gente sem escrúpulos. Vi a maneira como ela deixava que a tratassem e a sua doçura e agradecimento. Vi comida estragada apenas por maldade, vi fezes humanas nos alimentos e na água que deixava, vi os abrigos serem destruídos, vi a comida que levava ser roubada antes que eles a comessem. Vi animais sacrificados em rituais que não representam mais do que a ignorância em que alguns seres dito humanos persistem em continuar a viver. Vi muito, e muitas vezes não consegui segurar as lágrimas por ver tanta maldade e eu me sentir impotente para modificar o rumo das coisas. Vi demais para ficar indiferente e calado perante alguns que nem sabem do que falam para além do computador onde vomitam a sua bílis. Vi demais, e por isso tentei arranjar uma solução. E ela aí está. Se alguém está a sofrer com a ausência do Repinhas sou eu, que o vi nascer e o acompanhei todos estes anos. Porque ele foi sempre um grande amigo meu. Sempre me esperava, todos os dias que lhe ia levar de comer, e logo saltava o muro para vir ter comigo. Para comer, às vezes, mas sobretudo, para me saudar. Ele vinha comer à minha mão, e quando se tem amigos assim, não precisamos de mais nada. Mas, por outro lado, estou feliz, porque estou certo que fiz o que devia fazer, e lhe estou a dar uma oportunidade dum resto de vida digno, coisa que ele não teria se assim não fosse. Contudo, há quem se arrogue o direito de ser 'crítico', curiosamente, alguns que durante demasiado tempo, clamavam por uma solução para o Repinhas. Hoje gritam o seu contrário, como virgens ofendidas em bordel. Mas os 'críticos' podem sempre ter o seu minuto de glória. Até vos faço um desafio. No abrigo existe uma gata que por lá apareceu há já algum tempo. Essa gata já foi castrada pela Paula Maia e devolvida ao local. Aqui têm uma oportunidade de passarem da vossa verborreia a ações concretas. Desafio-vos a encontrar uma solução para aquela pobre infeliz.  Agora só ela anda por lá. Talvez fosse tempo de pôr um fim a esta situação. E, para aqueles que criticam seria uma boa oportunidade de me ensinarem como se faz, já que sou tão canhestro nestas coisas. Fica aqui o desafio. Quero ver quem vem a terreiro mostrar o que vale. Porque se isso não acontecer, pois podem clamar porque não sóis merecedores do respeito de quem, eventualmente, ainda tenha paciência para vos escutar que não eu, seguramente.
P.S.: A imagem que deixo representa o conjunto de vários dos últimos animais desta matilha. Muitos outros por lá passaram. Infelizmente não tiveram a sorte de se cruzarem com nenhum destes 'críticos', por isso, a sua vida nunca mudou.

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