O prémio de consolação dos 'pequeninos'
Soubesse ontem que o Infarmed estaria de malas aviadas de Lisboa para o Porto! À primeira vista até parece coisa boa, mas se pararmos para pensar um pouco, ficamos com aquela sensação de prémio de consolação aos 'pequeninos'. (Já tínhamos o 'Portugal do pequeninos' agora passamos a ter o prémio de consolação dos 'pequeninos'). E tal tem a ver com o 'timing' escolhido. Dois dias depois de se saber, aquilo que toda a gente já sabia, - que o Porto não iria ter a Agência do Medicamento da União Europeia (UE) -, aparece esta 'oferta' a título de compensação. Foi ridículo ver como aqui para as bandas do Porto, apareceu gente empertigada, - talvez pelo facto do Porto ser um destino turístico muito apreciado -, associaram este ao medicamento e vai daí era vê-los todos em bicos de pés a ver quem gritava mais alto e aparecia melhor na fotografia. Depois foi o que se viu. Sétimo entre dezanove candidaturas. Era evidente que a UE queria uma capital e não uma segunda cidade, onde as infraestruturas e vias de comunicação são mais ajustadas a uma instituição com tal prestígio. Todos sabemos que Lisboa tem mais capacidade para acolher estas instituições e daí o governo, que talvez já tivesse um sinal do que se iria passar, acabou por 'aceitar' a troca. E agora, entre risos, certamente, envia a título de prémio de consolação o Infarmed provavelmente para libertar espaço na capital para outro equipamento de maior visibilidade que no futuro se saberá. Toda esta postura saloia duma pseudo guerra entre o norte e o sul, sem sentido num país tão pequeno, não deixa de dar azo a situações destas. (Ridículas para não utilizar outros adjetivos). Claro que logo a autarquia veio dizer que não é assim, mas por mais que se coloque, - de novo -, em bicos de pés, já ninguém acredita. Assim, lá teremos o Infarmed certamente na antiga sede do defunto Banco Português do Atlântico ou no antigo Palácio dos Correios! Pois é assim a vida. Quem é pequenino é, e tem que ter tratamento adequado, com brinquedo a preceito, para não ficar a chorar eternamente.
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