50º aniversário da chegada do homem à lua
Passam hoje 50 anos sobre a primeira alunagem em nave tripulada e concomitantemente a primeira vez que um ser humano caminhou na superfície lunar. Um feito ímpar que deixou o mundo deslumbrado. Depois da guerra pela corrida espacial entre os EUA e a antiga URSS, foram os americanos que ganharam a corrida. Contaram com o grande saber dum cientista nazi levado para os EUA no final da II Guerra Mundial de nome Wernher von Braun que veio a desenvolver o foguetão Saturno V que transportou as naves Apollo para a lua. O Saturno V foi uma evolução do famoso foguete V-2 que era uma arma temível de Hitler. Caminhos da História que se cruzam. Participaram nesta primeira alunagem tripulada os astronautas Neil Armstrong, Michael Collins, Buzz Aldrin na Apollo 11. Armstrong foi o primeiro a descer do módulo lunar e é dele a famosa frase 'um pequeno passo para o Homem, um grande passo para a Humanidade'. Quero aqui deixar uma nota pessoal. Recordo-me do lançamento da Apollo 11 e do temor que para muitos inspirou. Ia para assistir a uns exames para os quais me estava a preparar e parei num café no Porto para ver o lançamento. Uma senhora de idade juntou-se à pequena multidão que ali estava. Meteu conversa comigo e só dizia que se era para eles morrerem seria bom que o foguetão não arrancasse. Mas acrescentava que se eles fossem á lua era a eminência do fim do mundo. Para mim era a curiosidade de jovem e o dilatar de fronteiras do conhecimento. Dias depois, e já com o exame ultrapassado com sucesso, chegaram os astronautas à lua. Lembro-me de ter pedido à minha mãe para me acordar para ver a descida na lua. Ela assim fez. E toda a família viu aquelas imagens pouco definidas com os primeiros seres humanos a caminhar na lua. Nunca esqueci esse momento. Foi um marco na minha memória, mas não o foi menos para a Ciência. Para quem se quiser documentar mais detalhadamente aconselho um dos primeiros livros que foram editado sobre o tema e que li com deleite. Tem por título 'Chegamos à Lua' da autoria de John Noble Wilford. O primeiro que li ainda adolescente e que guardo religiosamente na minha biblioteca. A juntar a este, muitos mais, e com mais profundidade apareceram entretanto. Mas hoje é dia de celebração depois de meio século transcorrido em que o ser humano empurrou um pouco mais para a frente as fronteiras do impossível.
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