Sexta Feira Santa
Sexta feira Santa o dia mais escuro. Aquele em que as trevas levaram a melhor, nunca esperando ser varridas em breve pela luz. A luz sempre afasta as trevas. E é neste dia que devemos pensar em tudo o que somos, o que fazemos, o que queremos. (Crentes ou não, nunca devemos esquecer o sofrimento horrível que um ser humano sofreu por nós). O suplício da cruz era a mais horrível punição para quem se opunha a Roma. Era a morte aviltante dada a crimes de sedição, crimes políticos contra a autoridade de Roma. A morte era lenta por vezes durava até muitos dias. Uma morte que era causada pela asfixia quando o corpo já enxague não podia suster-se a si mesmo. Quando hoje olhamos para o que o mundo está a passar teremos a tentação de fazer o paralelismo. Mas tal nunca será possível dado o sofrimento que tinha quem era condenado à crucificação. À mais de dois mil anos assim aconteceu, como sucedeu com tantos outros que apenas queriam lutar pela sua liberdade, pela luta contra o que estava estabelecido, abrindo caminho a outra forma de olhar o mundo. Mas este sofrimento da cruz, - antecedido pela tortura mais vil -, deve-nos fazer pensar. Pensar no ser humano que somos, frágil e indefeso, bem longe da prepotência que gostamos de exercer. Os tempos atuais são disso bem o exemplo. E depois de analisarmos quem temos sido até agora talvez busquemos inspiração para sermos diferentes para melhor. Com a paz no coração, o amor pelo outro e pelos diferentes seres vivos que connosco partilham este planeta, com a redenção dum caminho que queremos mudar para melhor. Esta é a hora das trevas que em breve serão rechaçadas pela luz. Que a nossa vida seja isso mesmo, a passagem dum estilo de vida para outro, mais sereno, mais pacífico, mais humano.
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