Sophia deixou-nos à cinco anos
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto, a 6 de Novembro de 1919, no seio de uma família aristocrática, e viria a falecer em Lisboa a 2 de Julho de 2004, completando-se assim, hoje, cinco anos após o seu desaparecimento. Foi uma das mais importantes poetisas portuguesas do século XX. Foi a primeira mulher portuguesa a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa, o Prémio Camões, em 1999. A sua infância e adolescência decorrem entre o Porto e Lisboa, onde cursou Filologia Clássica. Ao longo da sua vida e obra, muitas vezes foi confundida a poetisa com a musa inspiradora, pelo menos junto de muitos dos seus admiradores, nos quais eu me incluo. Foi autora de livros infantis, que dedicou aos seus cinco filhos, que rapidamente se transformaram em clássicos da literatura infantil em Portugal, marcando sucessivas gerações de jovens leitores com títulos como "O Rapaz de Bronze", "A Fada Oriana" ou "A Menina do Mar". Lembro ainda, enquanto jovem adolescente do ensino secundário, ter tido num exame de Português, um texto de Sophia. Esse texto, que pela sua beleza, me marcou muito, levou a que tempos volvidos, e já depois de ter passado à disciplina, ainda o relê-se com redobrado prazer. Na sua vasta obra, Sophia é ainda tradutora para português de obras de Claudel, Dante, Shakespeare e Eurípedes, tendo sido condecorada pelo governo italiano pela sua tradução de "O Purgatório". É uma autora a descobrir, para todos aqueles que ainda não foram tocados pela sua obra e sensibilidade. Aqui fica a proposta neste dia de efeméride que hoje se completa.
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