Turma Formadores Certform 66

Thursday, January 07, 2010

2010 - Encarê-mo-lo com esperança


Este início de 2010 não começou da melhor maneira, basta ver o que escrevemos anteriormente. Resta-nos a esperança que ele, apesar disso, se vá prefigurando como um ano melhor do que o anterior, e que as núvens negras que se adensam no horizonte, se afastem. Que o ser humano seja capaz de se redimir do muito mal que tem espalhado pelo mundo, e que compreenda que este planeta não é só dele, isto é, de todos nós, mas de todos os seres vivos que nele habitam. Diz um provérbio alemão que "a tua casa pode substituir o mundo. O mundo nunca substituirá a tua casa". Seria bom abrirmos os olhos para a realidade e pensar que, passamos a vida a competir contra o outro. Os nossos filhos têm que ser os melhores, têm que ter as melhores notas, nós passamos a vida a competir por uma promoção, para nos sentirmos mais importantes, e no meio de toda esta competição perdemos muitas vezes o sentido da vida, o sentido do outro, o sentido do mundo que nos cerca. Onde estão os sentimentos de misericórdia e de bondade - até e, sobretudo, para com os animais -, os sentimentos de humildade e de paciência, a consciência da interligação e da complementariedade. O espírito de colaboração e de submissão ao bem comum, o exercício difícil mas fecundo da compreensão e do perdão, a atenção e o cuidado pelos mais débeis - humanos, mas também animais indefesos -, onde está o diálogo entre as gerações? Tudo isto depende da formação que o núcleo familiar nos dá, depende dos sentimentos e atitudes que nele se cultivam e vivem, dia-a-dia. Temos, cada vez mais, de nos reencontrar com nós mesmos, e analisarmos aquilo que fomos, aquilo que somos, aquilo que pretendemos ser. A reflexão será importante para que o ser humano caminhe mais um pouco, para que se vá afastando das cavernas onde viveu - e onde alguns ainda pretendem viver -, para que leguemos um mundo melhor - mais solidário com todos os seres vivos -, às gerações futuras, e não este mundo egoísta e egocêntrico em que, teimosamente, persistimos em viver.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home