Conversas comigo mesmo - LXIII
Consegues sentir a dor de um prisioneiro a ser torturado, de um animal a ser levado para o abate ou de um condenado à morte? Sentes a dor e a angústia de um cão acorrentado num canil, de um elefante a ser torturado no circo ou de um desempregado com família para alimentar? Tens a coragem de te imaginar no lugar de uma vítima de violação ou violência doméstica, de uma criança escrava do trabalho ou de um coelho com os olhos queimados para experimentar cosméticos? És capaz de te pôr no lugar de um touro a ser espetado numa arena, de uma mãe a perder os filhos num bombardeamento ou de um sem-abrigo numa noite gelada? És capaz de sentir a dor das populações exploradas, dos animais nos campos de concentração da pecuária intensiva e da terra, das florestas, das águas e dos ares onde a biodiversidade se extingue às mãos da civilização pós-industrial? És capaz de te colocar no lugar do outro, de todos os outros, como se fosses tu próprio? És capaz de sentir tudo isso como o mesmo sofrimento, sem importar a forma, o aspecto e o nome de quem o padece? Consegues não achar isso normal e vê-lo como o maior dos absurdos? E tens a ousadia e o destemor de desejar pôr fim a tudo isso e de te comprometer a fazeres tudo o que estiver ao teu alcance para tal, juntando-te a todos os que em todo o mundo, desde há muito e cada vez mais, caminham no mesmo sentido? Começa então agora mesmo. Até tens um partido que dá voz a essas situações, por isso, faz algo e sê bem-vindo à Revolução da PAN consciência ética global! Parabéns, pois renasceste neste preciso instante para uma Nova Vida! E não te esqueças de que Deus costuma usar a solidão para nos ensinar sobre a convivência. Às vezes, usa a raiva para que possamos compreender o infinito valor da paz. Outras vezes usa o tédio, quando quer nos mostrar a importância da aventura e do abandono. Deus costuma usar o silêncio para nos ensinar sobre a responsabilidade do que dizemos. Às vezes usa o cansaço, para que possamos compreender o valor do despertar. Outras vezes usa a doença, quando quer nos mostrar a importância da saúde. Deus costuma usar o fogo, para nos ensinar a andar sobre a água. Às vezes, usa a terra, para que possamos compreender o valor do ar. Outras vezes usa a morte, quando quer nos mostrar a importância da vida. Daí, nunca deixes de prestar auxílio ao teu semelhante que sofre, não deixes de prestar auxílio aos animais que sofrem sem que ninguém os ouça, não deixes de prestar auxílio à natureza que é, sistematicamente, destruída dia após dia. Essa é a tua missão, essa é a nossa missão. Cumpramos o nosso destino. Sejamos uma mão amiga que se estende ao mundo que nos rodeia.
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