Conversas comigo mesmo - CXXVII
Será que as profecias que por aí andam têm, de facto, algo de acertivo? Desde logo as de Nostradamus, as mais conhecidas? A Igreja Católica está a entrar numa fase de profunda descredibilização. A resignação de Bento XVI já indiciava, segundo alguns, isso mesmo. Agora ficamos a saber que este até pretende publicar uma nota a antecipar o prazo do Conclave. Nostradamus tinha afirmado que a Igreja se destruiria por dentro. Seriam os seus membros a contribuirem para isso. O anticristo estaria no seu seio! E ao que temos assistido? Os casos de pedofilia e outros escândalos que envolvem membros da Igreja multiplicam-se a cada dia em várias latitudes. Até também entre nós. Uma Igreja que se fechou muito sobre si própria, encerrada no luxo e ostentação dum Vaticano, - bem longe dos princípios do seu inspirador Jesus Cristo - onde nos seus corredores perpassam as mais profundas intrigas, não é difícil de aceitar o divórcio que as populações estão a ter face ao mundo cristão. Bento XVI não deixou de criticar veementemente os membros da Igreja, alguns que dela se têm aproveitado com fins pouco claros. Mas se agora a crítica faz sentido, não deixa de ser curioso encontrarmos estes mesmos sinais ao longo dos tempos. Veja-se o que foi o Vaticano na Idade Média. Veja-se o que era quando o papado era detido pelos Bórgia. Afinal, parece que a malapata vem de longe, talvez desde a sua fundação. A Igreja ao encerrar-se nos seus luxos, deixou de olhar para os seus fiéis e, sobretudo, daqueles que pediam atenção face às necessidades que a vida lhes impunha e que, nem sempre, encontraram nela a resposta e o apoio por que tanto clamavam. Por tudo isto, e talvez, por muito mais que nunca saberemos, Bento XVI bateu com a porta num gesto que não se vi-a desde à mais de 600 anos. Mas foi mais longe quando apontou o dedo aos maus membros da Igreja que a descredibilizaram ao longo do tempo. Foi um ato de coragem. Eu que nunca simpatizei muito com Bento XVI, embora lhe reconheça uma inteligência superior, - um grande artista e intelectual -, fiquei a admirá-lo no fim do seu pontificado. Pela coragem, pela frontalidade, por não ter medo de quebrar tradições, por denunciar os males de que a Igreja padece. Nostradamus dizia, segundo alguns, que este seria o último Papa, e que ele e o seu anterior seriam dois bons Papas. Contudo, e segundo as minhas contas, Bento XVI não será o último Papa, mas haverá ainda mais um! E a ser assim, é legítimo perguntar o que virá a seguir? A grande interrogação aqui fica para dar azo às mais variadas conjeturas. Talvez a resposta esteja naquilo que alguns dizem ser os escritos secretos de Nostradamus que teriam ficado na posse da sua filha e que teriam desaparecido. Será que Bento XVI os conhece? Será por isso que quis terminar o seu pontificado? Ou simplesmente, já não tinha paciência para continuar? O futuro talvez nunca venha a esclarecer-nos sobre tudo isto. Talvez já não para a minha geração porque estas coisas demoram o seu tempo a vir a lume, mas como estamos em plena época da revelação, estou seguro que um dia se saberá a verdade. Até lá, só me apetece perguntar: E se Nostradamus tinha, de facto, razão?
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