Giacomo Carissimi (1605-1674)
De novo vos convido a acompanhar-me nesta viagem ao ríquissimo universo do período barroco, um dos mais prolixos da história da música. Desta feita trago-vos um nome muito pouco conhecido entre nós, o de Giacomo Carissimi. Carissimi foi batizado a 18 de Abril de 1605 - a data exata do seu nascimento não é conhecida - e viria a falecer a 12 de Janeiro de 1674. De nacionalidade italiana, foi um dos mais célebres mestres do início do Barroco ou, mais exatamente, da escola romana de música. Como atrás disse, a data do seu nascimento não é conhecida, mas tal ocorreu provavelmente em 1604 ou 1605 em Marino, uma localidade perto de Roma. Da sua juventude quase nada é conhecido. Sabe-se que por volta dos seus 20 anos Carissimi tornou-se mestre capela em Assis. Em 1628 obteve o mesmo posto na igreja de Santo Apolinário que pertencia ao Collegium Germanicum em Roma, cargo que manteve até à sua morte. Obteve várias ofertas de trabalho nos mais proeminentes locais da época, incluindo-se aqui uma oferta do próprio Claudio Monteverdi proveniente de Veneza, mais propriamente, de S. Marcos de Veneza. Em 1637 foi ordenado padre. Parece que nunca saiu de Itália durante toda a sua vida. Viria a morrer em Roma em 1674. Da sua obra proliferam cantatas, recitativos, madrigais e viria ainda a desenvolver a oratória. Da sua obra destaco as seguintes: "A piè d'un verde alloro (I Filosofi)", cantata para 2 vozes e baixo contínuo datada de 1650, o "Adeste mortales" moteto para soprano e baixo contínuo que lhe é atribuído embora existam dúvidas, a "Annunciate, gentes" moteto para 2 sopranos, alto, tenor e baixo contínuo datada de 1675 e a oratória "Baltazar" para 5 vozes, 2 violinos e baixo contínuo. Para ilustrar a música de Giacomo Carissimi deixo-vos o link http://www.youtube.com/watch?v=2yql4oAoRNs onde podem escutar o motete "Surgamus, eamus, properemus". Espero que apreciem a melodia construída na base duma harmonia bem cuidada. Mais um intérprete do período barroco, um dos nomes menos conhecido, mas não menos importante, deste período da história da música que merece a sua (re)descoberta.
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