A realidade brutal e histórica do Halloween: tudo começou por sacrificar crianças
Por trás duma pseudo tradição, algo de mais sinistro se esconde. Para além das brincadeiras inocentes, há uma realidade outra que nem sempre se conhece. Daí o artigo que vos proponho que deve ser lido com muita atenção.
"O Halloween é uma tradição celebrada há séculos, no entanto, poucos sabem realmente a sua origem histórica e brutal: os celtas queimavam crianças durante sacrifícios humanos.
O Halloween, ou a “noite das bruxas”, faz com que as ruas se encham de abóboras, fantasias assustadoras e muita folia. Mas poucos sabem a verdadeira e brutal origem desta tradição. Tudo começou a celebração milenar, onde os antigos celtas tentavam acalmar o senhor da morte e lhe pediam as almas dos seus mortos.
Nesta celebração celta antiga, os druidas da Grã-Bretanha acendiam fogueiras para afastar os maus espíritos e sacrificavam vidas humanas. Entre elas crianças. Quando os romanos chegaram às ilhas, proibiram parte destas atividades. A origem da celebração foi-se perdendo ao longo do tempo, sendo que se desconhece o exato momento em que começou a existir. As interpretações são muitas. O que se sabe, na verdade, é que os protagonistas eram ‘feiticeiros’ e que os rituais eram comuns antes da conquista.
A origem – Deus da vida e Deus da morte
O povo celta baseava a sua existência na natureza e, por isso, dava muita importância e significado aos ciclos sazonais, dividindo-os em dois períodos: o verão e o inverno. O primeiro era associado à vida, o segundo à morte. Para que a passagem de um ciclo para outro fosse celebrado, eram realizadas duas festas em honra dos deuses da vida e da morte. O Deus da vida era o Deus do sol, Belenus, celebrado a 1 de maio. O Deus da morte, Samhain, festejava-se a 31 de outubro. E daí terá nascido o Dia das Bruxas e dos mortos, que era considerado o “ano novo” celta.
As crenças — dar paz aos mortos
A crença dos druidas era a de que no dia 31 de outubro o Deus da morte era convocado a abrir “o outro lado”, a abrir o mundo dos mortos aos vivos. De acordo com o comportamento dos vivos, as almas dos seus mortos seriam, ou não, levados para o “outro lado”.
Caso o Deus da morte achasse que alguém não tinha cumprido com os seus deveres, fazia-o reencarnar em animais. Já os que tinham cumprido poderiam visitar os seus parentes. A data acabava por ser uma mistura de medo para com os mortos e, ao mesmo tempo, um desejo de reencontrar um familiar que já deixara o mundo dos vivos.
Sacrifícios e fogueiras – os rituais
Durante as celebrações, os celtas praticavam vários rituais. Um dos mais básicos era o de apagar todos os fogos que antes tinham acesos nas suas casas para que os espíritos maus não entrassem e para que as cinzas simbolizassem a chegada da estação dos mortos. Todas as aldeias ficavam completamente às escuras, sendo apenas iluminados pelas gigantes fogueiras que acendiam nas colinas.
As fogueiras eram depois usadas para realizar sacrifícios humanos, especialmente com crianças, que se tornavam oferendas ao Deus da morte.
Já então, os celtas mascaravam-se de uma forma assustadora para que os espíritos se assustassem com os seus fatos e fugissem.
Tradição proibida e alterada
A barbaridade dos sacrifícios em nome do Deus Samhain continuaram até ao século I D.c, quando os romanos chegarem à Grã-Bretanha e proibiram os sacrifícios humanos. O festival ao Deus da morte numa festa em honra a deuses romanos. Ainda que a população tenha aceitado as alterações, nunca se esqueceu das suas crenças.
Com o passar do tempo e com a implementação do estilo de vida romana, a igreja católica tentou arranjar mecanismos para que os celtas esquecessem, de vez, as suas crenças. E criaram mesmo o 13 de maio, instituído pelo Papa Bonifácio IV, em 610, como a festa dos “mártires cristãos”. A ideia foi bem sucedida, mas o Papa Gregório III acabou por alterar a data para o dia 31 de outubro, coincidindo com o antigo festival do Deus da morte. A tal que acabou por dar origem ao nosso dia de Halloween".
Fonte: O Observador
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