9 meses volvidos
Mais um mês, e já vão nove, que partiste. Todos os dias penso em ti. Todos os dias falo de ti. Os espaços que eram teus continuam preservados como santuários. Os teus odores parece que ainda fluem no ar. O teu latido forte parece que ainda se escuta no silêncio da casa, no silêncio do coração. Todos vós tivestes a sua homenagem, mas tu, meu velho amigo Nicolau, talvez porque foste o último, tens uma homenagem especial. Eras um ser nobre, imponente, mas amigo. Um companheiro em bons e maus momentos. Por vezes ficavas a olhar, com aquele teu olhar tão terno, sem perceber. Mas sabias que estava triste, ou que estava alegre. E tu eras o espelho disso mesmo nas tuas reações. Jamais te esquecerei, como jamais esquecereis todos os outros que povoaram a minha existência. Sejam eles meus ou não, todos fostes importantes para me tornar um ser melhor. Tu, Nicolau, foste o derradeiro, aquele que encerrou uma página dum livro de memórias de toda uma vida. Por isso, talvez, és o mais recordado. Ao fim destes nove meses, o meu coração continua a transbordar de saudades e de afetos. Lá onde estives, Nicolau, que estejas em paz!
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