Turma Formadores Certform 66

Saturday, November 21, 2009

UE e o Tratado de Lisboa - Mais força e agilização?


Foram ontem escolhidos os novos líderes da UE, o Presidente Permanente do Conselho Europeu, que coube ao antigo primeiro-ministro belga, Herman Van Rompuy, e o Alto Representante para a Polítia Externa, que recaíu na britânica baronesa Catherine Ashton. (Fotos ao lado). Esta última, sem nenhuma experiência de política externa, visto ter sempre desenvolvido cargos no âmbito da política social e do ambiente. Quanto a Van Rompuy, é considerado um excelente técnico, um excelente negociador, mas um homem incapaz de se impôr. Quanto à britânica não foi a paridade que funcionou, como alguns querem fazer crer. Estes dois cargos derivam da aprovação do Tratado de Lisboa, mas quando se pensava que se iria estar perante pessoas de alguma firmeza e experiência, verifica-se precisamente o contrário. Outros nomes foram ventilados, desde logo o antigo primeiro-ministro britânico, Tony Blair que, sem sombra de dúvidas, era um homem mais experiente. Mas Tony Blair não era consensual, segundo alguns, pelo apoio dado aos EUA na invasão do Iraque. Mas a ser assim, porque aceitaram Durão Barroso, também ele comprometido com a invasão do Iraque, e até já vai num segundo mandato? Talvez tenha sido aceite pela mesma razão que estes últimos o foram, isto é, por ser um pouco dócil a determinadas políticas. Quem está satisfeito com tudo isto é, desde logo, Sarkozy e Merkel, esta última que vetou Tony Blair, e impôs uma figura mais frágil derivando do peso político que a Alemanha tem na UE. Pergunto se terá sido uma boa opção? Quando a Europa precisa de líderes fortes para enfrentar uma crise devastadora, e que terá que enfrentar as investidas dos EUA e do Japão, talvez estas não tenham sido as melhores opções. Durão Barroso também deve estar satisfeito, porque com estas eleições ninguém lhe fará sombra, contrariamente a Tony Blair se tivesse sido eleito. Neste emaranhado diplomático será que a UE saiu mais fortalecida e agilizada? Estou em crer que não. O futuro dirá se tenho ou não razão, mas penso que a aplicação do Tratado de Lisboa não entrou com o pé direito.

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