A crise financeira e a recessão - XXIX
Esta semana assistimos a mais um equívoco da UE. O comissário Olli Rehn, comissário para os assuntos económicos da UE veio fazer afirmações que prontamente teve que desmentir no dia seguinte. Não só vimos assistindo a fenómenos destes com frequência que em nada dignificam a UE, mas sobretudo porque, fica a sensação de que nem sempre estes senhores sabem do que falam. A reforma da segurança social já foi feita em Portugal à muito tempo, tendo até sido objecto de elogio internacional, o que parece ter passado ao lado de Rehn. Este teve que admitir que "meter a Espanha e Portugal no mesmo saco foi um erro". Contudo, isto também serve para ficarmos com uma ideia do que está a acontecer no mundo de hoje. Parece que o dar o dito por não dito não é um fenómeno português, - como alguns pretendem fazer crer -, mas algo mais abrangente. Isto também é um sinal de que se fala de algo que ninguém domina na totalidade, a saber, uma crise sem precedentes, e com contornos que até hoje não tinham aparecido nos países. Assim, vai-se cada vez mais, navegando à vista, com informações imprecisas - muitas vezes - ou, com afirmações que embora sendo verdadeiras no momento desactualizam-se no momento seguinte - algumas vezes. Esta crise que agora parece estar estacionada em alguns países do globo, sem expectativa de que passe a curto prazo, está a trazer um nervosismo - e não só aos mercados - que a torna ainda mais difícil de combater. Parece que ninguém sabe o que fazer ou para onde ir, que rumo tomar. Tal, obviamente, não escapa às populações que esperam ansiosas por um sinal, uma indicação. Não basta vir embandeirar em arco quando surge uma boa notícia, porque ela pode aparecer como perversa no dia seguinte. Como já temos dito várias vezes neste espaço, ainda não foi possível agarrar a rédea desta crise, e afirmações como as de Rehn à dias, são bem o exemplo disto mesmo.
0 Comments:
Post a Comment
<< Home