Turma Formadores Certform 66

Tuesday, December 27, 2011

Conversas comigo mesmo - XLVIII

Passado o Natal, festa da liturgia cristão, - não a maior -, embora os crentes a tenham tornado na festa principal, é altura para perguntarmos, quem é este menino? A liturgia do Natal, em todos os seus momentos - vigília, meia-noite, aurora e dia - oferece-nos com abundância, palavras e expressões tão ricas de beleza como de doutrina e de mensagem. Elas pintam, de modo admirável, a identidade profunda e a missão d'Aquele cujo nascimento, mais uma vez, celebramos. Ele é o "verbo de Deus", a palavra que tudo cria e renova; palavra que é luz para iluminar todo o homem; palavra que é vida para se comunicar e nos fazer renascer como filhos de Deus. Ele é o "explendor da glória de Deus", a "imagem do Ser divino", o "Filho de Deus, cheio de graça e de verdade". N'Ele se revela e se nos oferece a bondade, a misericórdia e a fidelidade a Deus. Ele é o "Emanuel", o "Deus connosco". N'Ele e por ele, Deus entrou na nossa humanidade, fazendo-se nosso irmão, nosso amigo, nosso companheiro. Ele é o "Salvador do mundo", o "Deus forte, Deus valoroso", "consolador do seu povo", "conselheiro admirável", "príncipe da paz". Celebrar o Natal é contemplar, interiorizar e viver a sua mensagem fundamental: Deus ama-nos e valoriza-nos muito além do que poderíamos sonhar, e convida-nos a uma relação de amizade, de comunhão e de colaboração. Esta é a mensagem dos cristãos no Natal. Um convite sempre à espera de resposta. Que não transformemos esta mensagem num ritual sem sentido, numa mesa farta, nas prendas - por vezes inúteis -, numa festa sem introspecção e/ou meditação. Mas também não a consagremos como um ritual onde tudo é harmonia e amor fraternal, enquanto nos restantes dias do ano, fazemos precisamente o contrário. Afinal, se nos dizemos cristãos, nem precisaríamos deste aviso... E, como diz o poeta, "Natal é quando um homem quiser". Façamos dos nossos dias um Natal renovado, solidário, onde exista espaço para todos, mesmo para aqueles que não prefilham os nossos ideários.

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