Conversas comigo mesmo - LXXXIX
Faz-nos bem recordar, de vez em quando, o essencial da nossa fé, para a apreciarmos mais e a vivermos melhor. I. Deus é amor. É este o retrato cristão de Deus, tal como nos diz S. João. Qualquer outra imagem de Deus, incompatível com esta, não é cristã. Os outros atributos divinos: justo, sábio, omnipotente, juíz,..., hão-de conciliar-se com esta definição básica: Deus é amor. II. Jesus Cristo é a imagem viva desse amor. Ele tornou visível, na História, o mistério do amor de Deus por todos e cada um de nós: "Assim como o Pai me amou também Eu vos amei a vós". Um amor que se traduz em amizade e entrega total, até ao fim: "Ninguém tem, maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos". É este amor, esta entrega até à cruz que a Páscoa, - e hoje é o sexto domingo da Páscoa -, mais uma vez, celebra. III. Quem não ama não conhece a Deus. Quem acredita no Deus-amor manifestado em Jesus Cristo e O acolhe deve, naturalmente, corresponder-Lhe: "Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando: amai-vos uns aos outros como Eu vos amei". E o amor de que Jesus é modelo é feito de atenção afectuosa, de disponibilidade inteira, de vida que se dá, dia-a-dia, em gestos, serviços e renúncias pelo bem dos outros. Dizia S. João da Cruz que: "No entardecer da vida, todos somos questionados sobre o amor". Tomemos esta frase para reflexão, sobretudo, num mundo em que o ódio parece ocupar, cada vez mais espaço, deixando cada vez menos espaço para o amor.
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