Turma Formadores Certform 66

Monday, August 28, 2017

Polémicas à parte!...

Confesso que é com alguma tristeza que assisti ontem a uma polémica por gente que, de uma forma ou outra, apoia a causa animal. Não vou entrar nessa polémica e apenas aqui venho para esclarecer algumas situações que penso são pertinentes, dada alguma informação e contra informação que por aí andou. (Não que não tenha opinião sobre o que se tem passado nestes anos, mas essa opinião não é para aqui chamada). Como já disse várias vezes neste espaço, tornei pública a matilha de Rio Tinto vai para seis ou sete anos, embora já a apoiasse anteriormente à mais duma década. (E nunca mais voltei a fazê-lo com nenhum outro caso, nem voltarei. Chegou-me este para experiência). Conheci esse caso quando trabalhei nesse local vai para um par de anos. Foi-me pedido por uma funcionária que trabalhava na minha equipa e uma sua familiar que, - quando saíram da empresa e sabendo que eu gosto muito de animais -, se podia continuar a apoiar essa situação. Assim fiz até hoje e já lá vão quase duas décadas. Nessa matilha vi acontecerem muitos factos desagradáveis, mas uma pessoa só, sem apoios de ninguém é sempre difícil fazer seja o que for. Assim, e depois de me ter lamentado a uns amigos, estes me incentivaram a colocar publicamente o caso, porque haveria sempre alguém que ajudasse, e se fosse da zona, tanto melhor, visto eu morar bastante longe desse local. Assim aconteceu com o Bruno que conheci nessa altura, bem como com a Fernanda que vim a conhecer algum tempo depois. Mas isso agora não interessa. O que me proponho é esclarecer - dentro daquilo que julgo saber - algumas situações que me pareceram ontem um pouco embrulhadas. Começo pela Sheila - a mãe do Repinhas - que foi resgatada para ser castrada e foi para um hotel para possível adoção. Quem coordenou isso foi o Bruno mais um grupo de amigos que então apareceram. O resgate do Repas - pai do Repinhas - também ocorreu e posteriormente foi adotado. Sobre este, quero dizer que criei algumas reservas à sua adoção que me pareceu um tanto ou quanto precipitada. (E disso dei conta ao Bruno. Ainda à dias falei com ele sobre isso). Foi-me dito que conheciam o adotante que era um amigo dum amigo. Não me tranquilizou, mas achei que se fosse para mal do animal, não o fariam. Mais tarde vim a saber do insólito caso e o mau adotante que tinha sido a pessoa em causa. Parece que os meus receios não eram de todo infundados. Soube depois que o Repas tinha sido adotado por outra pessoa e que se encontrava bem. À dias, num encontro casual com o Bruno no abrigo, ele disse-me que sabe que ele está bem, porque tem contactos regulares com a pessoa que o adotou. Quanto à Sheila, depois de castrada foi devolvida ao local onde nasceu e viveu e, possivelmente, viria a morrer. Não fui informado do caso, apenas fiquei surpreendido quando um dia fui ao abrigo levar comida e ela veio ter comigo a chorar e a mostrar a cicatriz. Não sei se tinha dores ou por outra razão qualquer, a Sheila nunca mais foi a mesma. Ela que sempre vinha ter comigo, passou a evitar-me e só, algum tempo mais tarde - não posso precisar mas talvez um ou dois anos - ela me procurou muito triste e se veio deitar junto de mim. Afaguei-a algum tempo, mas quando saí do espaço, tive a sensação de que ela se tinha vindo despedir de mim. E assim foi. Nunca mais a vi. Não sei o que lhe aconteceu. (Apenas sei que ela desde a castração até ao seu desaparecimento se mostrou sempre muito triste e sofrida). Se morreu de morte natural ou não, não sei, mas se de facto morreu, espero que não tenha sofrido, já tinha sofrido o suficiente em vida. A Nina que eu também conheci, soube pelo Bruno que tinha sido apanhada por um comboio, mas que a adotante gostava muito dela. A senhora teria ido para Coimbra mas a Nina estaria com ela e até teria um 'dog car' para se deslocar. Penso que está bem porque nunca mais tive notícias. Quanto ao Repinhas - o último dessa matilha - e depois de muito histerismo em torno dele, encontra-se bem. Salta muros bem altos com uma agilidade enorme para um cão que já não é jovem e disso dou testemunho. Estive com ele no passado sábado e até publiquei duas fotos com as suas famosas acrobacias. Ele sempre teve uma relação comigo ótima e quando me vê logo vem para mim. Até em plena rua come o que lhe levo. Entretanto, e desde à cerca de um ano, tenho contado com a prestimosa colaboração da Paula Maia que tem sido muito útil e a quem aqui saúdo pelo sucesso de ontem ao resgatar a gata que lá andava. Como disse atrás, não quero criar aqui polémica alguma em torno do que li ontem, mas apenas pretendo esclarecer algumas questões. As informações que aqui trago foram-me transmitidas pelo Bruno ao longo do tempo. Não tenho conhecimento direto, mas nada me leva a pensar que podem não ser reais. Nem havia razão para isso. Quanto ao Repinhas, esse dou aqui nota porque contacto com ele amiúde. A última vez que com ele estive foi no passado sábado como atrás referi. Julgo que neste caso como noutros, o diálogo ainda é o melhor remédio. Isso não significa que abdiquemos dos nossos pontos de vista, naturalmente. Já somos mais do que éramos uns anos atrás, mas ainda assim somos poucos. Por isso, a divisão só serve para que a causa dos animais seja cada vez mais ostracizada. Um dia, em Londres - já lá vão alguns anos - falei com um membro da Greenpeace que estava a manifestar-se na capital britânica. E era mesmo isso que ele me dizia. Não dispersar forças com o que nos divide, mas buscar as pontes que nos unem. Porque no fim da linha, os beneficiários não são - ou não devem ser - as pessoas, mas sim os animais que são o objeto da nossa causa.

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