Dois meses depois
Passam hoje dois meses que nos deixaste. As saudades são imensas. O vazio que deixaste na nossa casa e nas nossas vidas não foi, nem será, preenchido. Talvez esta nossa saudade te esteja a impedir de seres feliz nesse país do arco íris para onde foste. Talvez até tenhas dificuldade em brincar com os outros teus amigos. Sabemos que poderemos estar a fazer mal, a sermos egoístas. Mas tu foste o derradeiro a partir o que torna ainda mais difícil a nossa vida, nós que também caminhamos para o nosso ocaso. Mas à medida que nos vamos libertando dos teus pertences, também nos ajuda a criar o afastamento necessário para que gozes de plena felicidade lá onde estás. O tempo ainda é pouco. Ele é inexorável e mais cedo ou mais tarde ajudar-nos-á a criar a distância necessária. Todos os dias te visitamos na tua sepultura para homenagear o que resta de ti. Apenas o menos importante porque a tua essência já está bem longe. Mas é assim que os humanos reagem quando amam outros seres. Tu também o fizeste durante muito tempo quando a tua mãe adotiva Tuxa nos deixou. O ciclo repete-se, mas prometemos que te deixaremos em paz para ires brincar com os teus amigos. Tenta perceber que é o nosso amor por ti que está a falar mais alto. A tua memória estará sempre connosco enquanto a vida nos brindar com o seu sopro. Porque foste um amigo fiel e dedicado que tudo nos deu e nada pediu em troca. E nós tentamos dar-te tudo o que podíamos e sabíamos para tornar leve a tua caminhada pela vida terrena. Mas agora vamos deixar-te ir embora. Os teus amigos estão impacientes e querem correr e brincar contigo. Vai amigo fiel e companheiro de tantos dias. Que nesse país do arco íris tenhas encontrado a felicidade que sempre foi a nossa motivação.
Até um dia velho amigo, velho companheiro.
Descansa em paz!
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