Turma Formadores Certform 66

Thursday, August 13, 2009

A crise financeira e a recessão IX


Como tinha prometido, este espaço não ia a banhos, a ele voltaria se existisse algo que o justificasse. O que me trás aqui, prende-se com a revelação das estatísticas do INE sobre o desempenho da economia portuguesa hoje anunciado. Contrariando a opinião de vários economistas, nos quais me incluo, o desempenho da economia portuguesa cresceu 0,3%, o que tecnicamente, permite dizer que deixamos de estar em recessão. Contudo, estas afirmações são perigosas. Como já várias vezes referi, Portugal é uma pequena economia periférica, muito dependente das economias norte-americana e europeia. Mas apesar disso, os principais países europeus também apresentaram melhorias, e o presidente Obama já proclamou o fim da recessão nos EUA. Temos que compreender este entusiasmo dos políticos, é o anunciar duma esperança às populações desalentadas dos respectivos países. Por cá, a oposição dirá que é pouco, e que o INE se calhar se enganou, (se fosse o contrário, já teria toda a razão do mundo), o governo dirá que afinal aquilo que pôs em prática é que foi o motor de tudo isto. Mas este tipo de análises não nos surpreendem, ambas traduzem uma certa falta de seriedade a que já nos fomos habituando. O importante é que algo parece estar a acontecer, em Portugal, por ventura induzido pelo investimento público, mas nos outros países o mesmo se verificou, deixando-nos o sabor dum regresso de férias mais animador. Apesar disto, não nos iludamos. Cada um de nós deverá ter presente que a recuperação demorará algum tempo até chegar a cada cidadão. Até ao final deste ano de 2009, não creio que tal venha a acontecer, mas seguramente que a economia portuguesa apresentará uma evolução positiva no período eleitoral. Quanto às empresas, ao nível de desemprego, ao arrumar da crise financeira que abalou a banca, ainda teremos que esperar um pouco mais. Mas que estas notícias não deixam de ser animadoras, não o podemos negar. Estaremos atentos ao evoluir futuro. Para já, ainda é prematuro ter algo por adquirido. Desejo a continuação de boas férias aqueles que ainda delas usufruem, que eu vou fazer o mesmo por mais alguns dias.

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