Está tudo ligado - O poder da música - Daniel Barenboim
"Este livro não é para músicos nem para não músicos; é para espíritos curiosos que tenham o desejo de descobrir os paralelos entre a música e a vida [...] O poder da música assenta na sua capacidade de falar a todos os aspectos do ser humano. Em suma, a música ensina-nos que está tudo ligado." Daniel Barenboim descreve de forma luminosa e vibrante uma vida dedicada à busca do conhecimento e da compreensão não apenas da música e da vida mas de uma através da outra. A Orquestra do Divã Ocidental-Oriental, um dos projectos mais aclamados e inovadores de Barenboim, é um testemunho eloquente do poder que a música pode exercer sobre as nossas vidas. E revela de que modo a compreensão e a prática da música entre os jovens israelitas, palestinianos e árabes de outros países, no âmbito da orquestra, pode contribuir para fomentar a interdependência entre eles e, em última análise, para promover a paz entre todos os seres humanos. Há críticos que falam da inconsistência da escrita de Barenboim, mas não esqueçamos que ele é músico e maestro aclamado, e não um escritor, provavelmente diríamos o mesmo desses críticos se pensassem escrever música ou dirigir uma orquestra.
Daniel Barenboim nasceu em Buenos Aires em 1942; em 1952, mudou-se com a família para Israel. Debutou como pianista aos 7 anos e desde então tem tocado com, e dirigido, todas as principais orquestras do mundo. Foi Director Musical da Orquestra Sinfónica de Chicago, Director-Geral Musical da Ópera Estadual de Berlim; dirige regularmente as orquestras filarmónicas de Berlim e de Viena, e foi nomeado Maestro Convidado Principal do La Scala de Milão. Tem sido distinguido em todo o mundo pelo seu trabalho em prol da paz no Médio Oriente. Em 1999, com o intelectual e académico palestiniano Edward Said, fundou a Orquestra do Divã Ocidental-Oriental, que reúne jovens músicos de Israel e de países árabes, com o objectivo de fomentar o diálogo entre as várias culturas do Médio Oriente. Em 2007, foi nomeado mensageiro da paz da ONU e recebeu a medalha de ouro da Royal Philharmonic Society, um dos galardões mais prestigiados da música clássica. Foi o primeiro instrumentista escolhido para proferir as Reith Lectures da BBC, em 2006, e deu uma série de seis aulas na Universidade de Harvard, como titular da Cátedra Charles Eliot Norton. O livro que agora escreveu é um contributo importante para ligar o poder da música com a força do pensamento da Humanidade com vista à demanda dum mundo melhor, mais justo e fraterno. A edição é da Bizâncio, e nesta época natalícia que se aproxima, poderá ser um excelente presente. Recomendo vivamente.
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