A Cabana - WM. Paul Young
"E se Deus marcasse um encontro consigo? As férias de Mackenzie Allen Philip com a família na floresta do estado de Oregon tornaram-se num pesadelo. Missy, a filha mais nova, foi raptada e, de acordo com as provas encontradas numa cabana abandonada, brutalmente assassinada. Quatro anos mais tarde, Mack, mergulhado numa depressão da qual nunca recuperou, recebe um bilhete, aparentemente escrito por Deus, convidando-o a voltar à malograda cabana. Ainda que confuso, Mack decide regressar à montanha e reviver todo aquele pesadelo. O que ele vai encontrar naquela cabana mudará o seu mundo para sempre". Esta é a sinopse do livro que já vendeu mais de sete milhões de exemplares só nos EUA. Há situações que transcendem, por vezes, o nosso entendimento. Não sei se já vou aconteceu, que parece que um livro vem ter às vossas mãos, num determinado momento, abordando um tema que vos preocupa, ou como resposta a um problema que estejam a vivenciar. Pois comigo já aconteceu, e não tenho explicação para isso. Foi, mais uma vez, o caso deste livro que me chegou através de mão amiga, num momento em que o meu horizonte está pejado de interrogações, sobre a vida em si e o seu sentido, mas sobre o que está para além dela. E sobretudo, na busca dum sentido de vida, quando os problemas que nos rodeiam parecem infindáveis, e a capacidade para os ultrapassar já não existe, ... ou pensamos que não existe. Este livro marcou-me muito, só comparado a um conto de Charles Dickens chamado "Cântico de Natal", que não me canso de reler, e de rever em filme, numa edição em DVD que existe por cá à muitos anos. Só quando estamos a passar por momentos menos bons é que, provavelmente, nos aguça a sensibilidade, e a busca de respostas que livros como este ajudam a colmatar. Face a um Deus sizudo, por vezes implacável, como foi aquele que me foi transmitido na minha infância, aparece aqui um outro Deus, bem disposto e amigo, cooperante em ajudar o Homem, ao fim e ao cabo, a objecto da sua Criação. Não pensem que se trata dum livro religioso ou piegas, bem pelo contrário, é uma expécie de conto de Natal, de alegoria, que nos deixa de bem connosco próprios quando acabamos de o ler. Por vezes, encontramos nos livros mais simples e despretensiosos, a luz que, muitas vezes nos vai faltando ao longo da vida. Afinal, "a maioria de nós tem as suas tristezas, sonhos desfeitos e corações feridos; cada um viveu perdas únicas, a nossa própria "cabana" ". Nesta edição de autor - nos EUA -, apareceu agora no mercado português com a chancela da Porto Editora. Teria sido um bom livro para oferecer no Natal, mas como este já lá vai, e "Natal é quando um homem quiser" - parafraseando o poeta -, aqui fica o testemunho. Não o deixem passar ao lado, vão ver que vale bem a sua leitura.
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