Ajudemos o Haiti
Demorei algum tempo a falar sobre este tema, porque tenho, ainda hoje, alguma dificuldade em digerir algumas imagens que todos os dias nos entram portas adentro. Dir-me-ão que é mais um cataclismo igual a muitos outros, e lembrar-me-ão o Paquistão, a Indonésia, e ainda ontem, a China. Este, contudo, teve repercussões maiores, sobretudo porque estamos a falar dum país - nem sei se é correcto chamar-lhe assim - e dum povo que não tem praticamente nada, ainda antes do cataclismo viviam com menos de um dólar por dia (!). País assolado por muitas catástrofes naturais, esta foi mais uma, talvez a mais destruidora, que arrasou o país por completo. Depois, como sempre acontece nestas ocasiões, vem a violência, por comida e água, outras vezes, violência apenas por violência, pela lei do mais forte. Depois virão as epidemias para ceifar a vida a mais alguns. País de escravos que se libertou a alguns anos atrás, mas por vezes a libertação política não basta por si só, há outras formas de escravatura, desde logo a económica, com o seu cortejo de miséria e de fome. Um país sem infraestruturas, sem poder político, de segurança e sanitário, digno desse nome, onde os senhores - muitas vezes corruptos - se vão alternando no poder, em nome próprio, e não tanto, em nome do seu país, isto também ampliou a dimensão da tragédia. Penso que ninguém ficará indiferente ao desfilar de imagens que vemos diariamente, e se sintonizarmos estações estrangeiras, - caso da CNN, - então a avalanche ainda é maior. Mas o que temo em tudo isto, é que passado o fervor jornalístico, o Haiti volte a cair no esquecimento, como esteve até agora, mesmo pela antiga potência colonizadora. E então ele fique entregue a si mesmo, e à arbitrariedade dos mais fortes. As equipas de socorro atropelam-se, muitas vezes sem rumo, mas sem menosprezar todos aqueles que deixaram o conforto das suas casas e das suas famílias, a verdadeira ajuda, essa mais militante e persistente, mas simultaneamente menos mediática, será aquela que lá irá continuar, quando os holofotes das televisões se apagarem. Uma dessas é portuguesa, trata-se da AMI - Assistência Médica Internacional. O seu líder, o Dr. Fernando Nobre, já disse que lá permanecerão pelo menos um ano. Bem hajam pelo esforço. E esse esforço, deve ser apoiado, porque estas organizações não governamentais, lutam com enormes carências. Assim, penso que, caso queiramos ajudar, ou tenhamos possibilidades para ajudar, podem enviar donativo para a AMI através das seguintes contas:
NIB: 0007 001 500 400 000 00672
IBAN: PT 50 0007 001 500 400 000 00672 SWIFT: BESCPTPL
Multibanco: Entidade 20909 Referência 909 909 909 em Pagamento de Serviço
Podem seguir a missão da AMI no Haiti através do seu site, do blog AMI, do twitter ou do facebook. Aqui fica a mensagem, agora é com cada um.
Podem seguir a missão da AMI no Haiti através do seu site, do blog AMI, do twitter ou do facebook. Aqui fica a mensagem, agora é com cada um.
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