Equivocos da democracia portuguesa - 47
No passado fim-de-semana tivemos as eleições no PSD como o principal evento político. Passos Coelho que era já o candidato assumido à liderança, acabou por confirmar o favoritismo nas urnas. A votação foi das mais expressivas dos últimos tempos para a eleição dum líder do PSD, o que pode indiciar que agora estarão reunidas as condições para uma verdadeira alternativa democrática ao PS. Embora o discurso um pouco radical de Pedro Passos Coelho a quando da campanha, veio a atenuar-se após a eleição. Cavaco Silva já foi dando o sinal de que é necessária estabilidade política, mas não esqueçamos que Passos Coelho é um homem que veio de fora do aparelho, um homem que não foi - nem é - apoiado pelos barões do partido. Se disso houvessem dúvidas, horas após a eleição ainda a ex-líder - a nossa "padeira de Aljubarrota" - ainda não tinha felicitado o vencedor, ela que tanto fez para o manter na sombra. Aqui se vê a noção que MFL tem da democracia. Quando disse que era preciso suspendê-la por seis meses, talvez estivesse a ser sincera no gesto, mas estava concerteza a mentir no tempo. Veremos o que este novo líder vai trazer à política portuguesa. A ideia que temos, é que se trata dum homem com determinação, tal qual o actual primeiro-ministro, embora não o possamos ver na Assembleia da República, em pleno debate. Veremos se é mais um que vem para durar mais dois anos, ou se é um líder que se vai afirmar. É nossa convicção que esta última afirmação será a verdadeira. Esta semana no debate quinzenal com o governo, já iremos perceber o que vai alterar-se na bancada do PSD, e aquilo que os portugueses podem esperar desta nova liderança. Seria bom que o PSD se fosse afirmando, pela positiva, como uma alternativa, para que o jogo democrático estivesse mais claro e fosse possível. Vamos aguardar os sinais que por aí virão dentro em breve, para ver-mos se estamos certos ou não.
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