Turma Formadores Certform 66

Wednesday, February 24, 2010

Madeira - A traição da terra e da água

Assistimos ao impensável, a tremenda destruição da Madeira. A "pérola do Atlântico" como era conhecida, está agora quase irreconhecível. As imagens que a televisão nos trás até casa são de tal modo, que não nos podem deixar indiferentes. Alberto João Jardim, o tal que ia mascarado de Vasco da Gama, à alguns dias, para ver se encontrava o Portugal perdido, teve que abdicar do seu habitual orgulho e má educação e pedir ajuda a todos. As autoridades portuguesas, desde logo o governo, que tão vilipendiado tem sido por Alberto João, teve uma resposta rápida e eficaz, que o deve ter surpreendido. Afinal foi o Continente que tão insultado tem sido pelo truculento líder madeirense, é que o tem ajudado e de quem ele precisa como de pão para a boca. E a situação foi tão surpreendente para ele que, numa entrevista a Judite Sousa no Palácio do Governo, teve que agradecer ao governo e a Sócrates todo o empenho posto no socorro. Agora precisa do dinheiro que tem esbanjado em obras de fachada, que a ninguém serve, algumas das quais mal dimensionadas, - segundo alguns especialista - e que conduziram, ou melhor, agravaram esta tragédia. Um jornalista dizia que "este pode ser o aviso daquilo que Portugal precisa", isto é, uma "conjugação de esforços para ultrapassar os graves problemas que Portugal tem pela frente". Mas estou convencido de que quando o pior tiver passado Alberto João esquecer-se-à rapidamente daquilo que fizeram pela ilha e voltará à mesma política de sempre, ao conflito permanente com tudo e com todos. O PS anunciou a retirada da agenda política do envio da lei das finanças regionais para o Tribunal Constitucional, num gesto digno e responsável, que Alberto João também fez questão de saudar. A UE também já prometeu a sua ajuda. No fundo, e sem querer ser cínico, esta tragédia veio de certo modo resolver um problema financeiro complicado que a Madeira tinha que enfrentar. Afinal, a união política de todas as forças para derrubar Sócrates que tanto foi clamada por Alberto João, veio a ser precisa para salvar a sua própria terra. Ironias da História... Agora à que meter mãos à obra e reconstruir tudo aquilo que desapareceu, mas com método e sem as trapalhadas habituais naquelas bandas. Mas ainda mais curioso é que quando as populações encontram mais e mais cadáveres o número é sempre o mesmo!!! Mas mais curioso ainda é que até, ao que parece pelas últimas notícias, até diminuiu!!! Será que estamos perante casos de ressurreição? Alberto João, ao querer proteger a imagem da ilha no exterior, arriscasse a cair no ridículo e na incredulidade, será que ainda não percebeu que com os meios de comunicação social no terreno, isso até se pode virar contra ele?

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