Turma Formadores Certform 66

Thursday, February 11, 2010

Nelson Mandela - Um Homem de perdão


Passam hoje vinte anos sobre a libertação de Nelson Mandela, líder sul-africano que passou muitos anos preso apenas por defender a igualdade entre brancos e negros, no regime de "aparthaide" que à luz dos nossos dias temos muita dificuldade em compreender. Este advogado e antigo líder do ANC sempre cumpriu aquilo que disse que faria se fosse libertado. Cinco anos depois da sua libertação, e após a sua condução à liderança do país, Mandela deixou o poder ao seu sucessor e afastou-se da política. Homem de consensos não teve dificuldade em encetar um acordo com o líder da federação de rugby - símbolo então do poderio branco - e buscar um acordo para que a partir daí se unificasse a África do Sul. Este evento foi muito recentemente passado a filme que está, neste momento, em exibição. Sempre defendendo o entendimento entre brancos e negros, tentando pôr uma pedra sobre o passado, Mandela - o prisioneiro 466664 de Robben Island - mostrou ao longo dos anos o seu sentido humanitário e de perdão para com os seus torcionários. Hoje, vinte anos após a sua libertação, Mandela dá um gesto de suprema clemência, convidando para um jantar em sua casa, o seu antigo carcereiro, sem ódios ou rancores, estendendo a mão áquele que, como muitos outros, o fizeram sofrer na prisão durante tantos anos. Numa sociedade onde a violência é a palavra de ordem, onde o perdão é muitas vezes associado a fraqueza, a História vai-nos mostrando que no meio de nós estão alguns dos maiores seres humanos que deveriam ser imitados. Gandhi foi seguramente um deles, Madre Teresa de Calcutá também, Mandela será outro, com a sua grandeza e o seu desprendimento. Neste século XXI de grande competição e conflitualidade, ainda existem autênticos faróis de Humanidade que deveriam (deverão) ser a nossa força de inspiração. Muitas vezes vamos aos Templos, mais por rotina do que por vocação, muitas vezes apelamos a Santos, sobretudo, nos momentos de maior aflição, mas quase nunca olhamos para os nossos semelhantes, muitas vezes autênticos Santos que passam ao nosso lado e que ignoramos. Porque existem muitos, só que não damos por eles. Gandhi, Madre Teresa e Mandela tiveram mais visibilidade, mas quantos anónimos, mesmo ao nosso lado, não despertam a nossa atenção. Aqui fica a homenagem a um Homem, sem ódios ou rancores, que teve a grandeza de perdoar. Olhamos para Cristo - os de inspiração católica - com reverência para um Ser que nos inspirou vai para mais de dois mil anos, porque não olhar para os "outros Cristos" que estão próximos - nossos contemporâneos - que dão, também eles, o seu supremo exemplo igual ao de à dois anos atrás.

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