Turma Formadores Certform 66

Monday, February 20, 2012

Equivocos da democracia portuguesa - 168

A semana que findou foi fértil em acontecimentos, como alías, têm sido as últimas. Desde Cavaco que desde que falou demais sobre a sua reforma, agora parece que tem medo de falar com os cidadãos e com os jornalistas. Foi ver o caso da visita cancelada a uma escola só porque tinha à porta uma manifestção de jovens estudantes do secundário, embora, ao que os "media" dizem a caravana andou lá perto, depois a conferência sobre a natalidade em que o PR evitou a todo o custo falar com os repórteres presentes. Depois tivemos o governo com as já habituais curvas e contra-curvas. Foi o PM a dizer que havia apoios para os deslocados da função pública e o secretário de estado a dizer que não havia apoio algum, tivemos as vaias e os insultos ao PM, em Gouveia, na festa do queijo, ainda e mais grave o recorde do desemprego. A semana passada Portugal atingiu os 14%!!! Depois cria-se uma comissão que vai dar emprego a mais uns "boys" para analisar o problema. Triste recorde, deste triste país, com este triste governo. Mas se juntarmos o desemprego não registado, o oculto, o daqueles que não se inscrevem porque não sentem hipóteses de ter um novo emprego, o dos jovens licenciados, tudo somado, atingiremos o milhão e duzentos mil desempregados. Nunca tal tinha acontecido em Portugal, nem fruto das guerras que por vezes atingiram o nosso país, nem quando a crise - sempre latente - atingiu Portugal nos anos 80, com a vinda a Portugal, por duas vezes, do FMI. Continuamos a dizer, que para quem tinha a solução para o futuro do país em dois meses, nada se vê, ou melhor dizendo, o que se vê não é gratificante. O autor da ideia, - Miguel Macedo -, hoje ministro da administração interna, anda muito calado, talvez desaparecido em combate ou, simplesmente, de consciência pesada. E assim não vamos lá, nem a Europa de que fazemos parte também não irá, se não mudar de rumo e apresentar, seriamente, propostas credíveis. A Alemanha juntamente com a França, tem conduzido a Europa para um beco sem saída e colocado o euro à beira da derrocada. Depois de ter influenciado mudanças políticas em alguns países, - o que mostra a ingerência da déspota Alemanha -, depois de estar a liquidar a Grécia colocando-a na bancarrota, depois de tudo isto, estranhamos que ninguém tenha questionado este país que se assume cada dia como imperialista. A Alemanha, à oito anos, viu a sua dívida ser reduzida em dois terços, com a ajuda da Grécia, talvez muitos não se lembrem, e embora tendo uma dívida superior à portuguesa, mesmo assim, arroga-se o direito de dar lições na casa alheia. O mais grave é que ninguém parece querer enfrentar a situação. Embora os estilhaços tenham começado a atingi-los, embora tenham um PR que se demite depois de ter caído nas malhas da corrupção, mesmo assim, este país que conduziu a Europa por duas vezes para dois conflitos mundiais que devastaram milhões de pessoas, acham-se os sinaleiros da Europa, os imperadores que se limitam a dar ordens ao mundo. A arrogância do ministro das finanças alemão quando falava com Vítor Gaspar é sinal disso mesmo, bem como, o tom subserviente deste face aquele. Apetece-nos dizer que mais parece que estamos num baile de máscaras em que cada um finge aquilo que não é. Afinal essa é a essência da política. Em tudo isto, apetece-nos dizer que é Carnaval - com feriado ou sem feriado, com tolerância ou sem tolerância - e ninguém, talvez..., leve a mal!!! E ainda por cima com um novo cardeal - D. Manuel Monteiro de Castro -, que acha que "as mulheres deviam ficar em casa a tratar dos filhos", é mesmo para dizer que isto só pode ser mesmo... um Carnaval!

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