Turma Formadores Certform 66

Sunday, April 08, 2012

Conversas comigo mesmo LXXXIII

Ainda na sequência da crónica anterior sobre a Páscoa, é caso para dizer, eis o dia! Se a Semana Santa terminasse com os acontecimentos de sexta-feira, os cristãos seriam, como escreveu S. Paulo, os mais miseráveis dos homens. Isto é, se Cristo não ressuscitou, a nossa fé seria vã. Seria uma ilusão. Mas não, garante o mesmo apóstolo, "Cristo ressuscitou como primícia dos que morreram". Não somos, por isso, os fúnebres seguidores de um cadáver. Somos discípulos de um Ressuscitado, de um homem novo, da nova criação. A experiência pascal, é o fundamento da fé cristã e da igreja que dela nasceu. É a luz dessa esperiência que os discípulos entram, de facto, na compreensão do sentido profundo e transcendente da vida de Jesus de Nazaré, do seu mistério e da sua missão. É então que se torna claro que a cruz não é, simplesmente, um acontecimento de maldição, mas de salvação, e que já surgiu, com ela, o Reino de Deus, reino de reconciliação, da liberdade, do amor e da paz. A celebração da Páscoa, a celebração da morte e ressureição, é, por isso, a festa das festas, a fonte da fé, da esperança e da alegria. Daí o grito jubiloso da liturgia de hoje: "Eis o dia que fez o Senhor! Nele exultemos e nos alegremos!"

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