Conversas comigo mesmo - LXXXVI
Hoje celebra-se o terceiro domingo da Páscoa, que este ano coincide com o Dia da Terra. Neste dia assistimos a uma presença que se transforma. Jesus ressuscitado entrou por portas fechadas e encontrou os discípulos medrosos, descrentes, desiludidos. Mas quando, finalmente, se abriram à sua nova presença no meio deles, tudo se modificou. Abriram as portas enfrentaram sem medo as multidões, começando a proclamar-lhes o reino que Jesus anunciou, a vida nova no seu Espírito, o perdão dos pecados, a libertação de todos os medos e escravidões. Nada nem ninguém conseguiu detê-los, e a sua fé produziu frutos abundantes. Por toda a parte surgiram comunidades cheias de vida, de fé e de alegria pascal, a alegria do amor que se dá, do amor que sabe partilhar e servir. Comunidades que se tornaram, por isso, novas testemunhas de Jesus ressuscitado, testemunhas da sua presença e da sua acção salvadora. Hoje, de novo Jesus entra nas nossas comunidades fechadas, cheias de dúvidas e temores, de marasmos, rotinas e complexos, para nos dizer como então: " Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações?" Celebrar a Páscoa é abrir-nos à presença do Ressuscitado, é deixar-nos conduzir pela força do seu Espírito e testemunhá-Lo em comunidades de fé viva, dinâmica e comunicativa. Nestes tempos de incertezas, nestes tempos de temores - temores pelo desemprego, pelo dia de amanhã, pelo alimento que vai escasseanndo - também é altura de pensarmos porque se levantam esses pensamentos em pessoas de tão pouca fé?
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