Feliz Natal para todos
E eis-nos chegados, finalmente, ao Natal. Época de aproximação das pessoas, das famílias, de paz e amor. Pena é que não seja todos os dias de todos os anos. Mas enfim, sempre é melhor que seja assim do que tal nunca aconteça. Neste mundo conturbado, em conflito permanente, é sempre difícil ver Natal por entre as paredes de ódio que os homens vão criando entre si. Por vezes, estas celebrações tornam-se mais puras, mais verdadeiras, quando são feitas com um pouco mais de comedimento. E este ano, por razões que todos sabemos, a isso seremos obrigados. Uns mais, outros menos, mas nada será como dantes. Talvez nesta singeleza, nesta pureza, se veja melhor o Natal. Numa quadra profundamente consumista, este ano vê-se que não é tanto assim. As restrições a isso obrigam. Por vezes estes momentos que nos parecem aziagos, transportam em si alguma verdade, alguma virtude. Porque veremos o Natal com mais autenticidade do que quando esta celebração não é mais do que o gastar muito dinheiro em coisas, na maioria dos casos, supérfulas, e como tal, sem utilidade, que se esvaiem ao fim de alguns dias. Esta restrição forçada para que todos somos convocados, transporta-me à pureza do meu Natal enquanto menino, onde só havia presentes neste quadra, e não durante o ano todo; onde a família ocupava um espaço que hoje, infelizmente, já não tem. "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" diz o poeta, mas por vezes, a mudança nem sempre significa que vamos para melhor. Celebremos pois este Natal com coração aberto, com pureza de sentimentos para com o nosso semelhante, que quase sempre está pior do que nós; para com os animais nossos irmãos que tanto sofrem nesta como noutras quadras que se dizem de paz e amor e em nome delas; e, para com a natureza nosso ecosistema de vida, que vai colorindo esta nave que ocupamos que vagueia pelo Universo. É com este espírito que desejo um Bom Natal para todos os que me seguem neste e noutros espaços. Tenham um Natal muito feliz.
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