António Guerreiro - "O acento agudo do presente"
Aqui está um livro muito interessante, que acabou de chegar às bancas. Trata-se do novo ensaio de António Guerreiro chamado "O acento agudo do presente", que é, nada mais nada menos, do que um ensaio sobre a bio-política. A bio-política é algo que está presente nas nossas vidas todos os dias, sem que disso nos apercebamos. Vejamos as polémicas que têm sido transversais à política portuguesa, como a questão da saúde, e mais recentemente, a proíbição do fumo em determinados locais. Como se vê, aqui está a bio-política, isto é a política pensada pelo enquadramento do ser humano e no seu melhoramento, em suma, na vida. Embora a política do século XX não tenha sido disso um exemplo, porque em nome da vida se fez uma cultura de tanato-política, isto é, uma política de morte. São disso exemplo, os campos de concentração nazis, de que Auschwitz ficou como paradigma, até ao soviético Goulag, de que Solzenitzin fez eco. Mas o nosso novo século, também continua na mesma senda, de que é exemplo o tão falado americaníssimo Guntanamo. A cultura da morte, com os seus adeptos, vai campeando, mas estou certo que caminharemos para um futuro mais radioso, quanto mais não seja, esta terá que ser a atitude que devemos tomar, se queremos continuar a sobreviver a um mundo agreste e sem sentido. Aqui fica a referência dum livro que me parece muito interessante e muito actual. Sobre o autor há que dizer que é licenciado em Línguas e Literatura Moderna e que é crítico do semanário Expresso. António Guerreiro é também bolseiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia para a realização de um doutoramento em Teoria Literária sobre Walter Benjamim. Resta apenas dizer que o livro é uma edição da Edições Cotovia. Livro a todos os títulos recomendável.
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