Turma Formadores Certform 66

Sunday, August 04, 2013

Uma triste estória que se repete

“Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade no âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos GUARDIÕES da criação, dos ANIMAIS, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo”. Estas palavras foram proferidas pelo Papa Francisco nas Jornadas da Juventude que tiveram lugar no Rio de Janeiro no Brasil na semana passada. E decidi hoje invocar as palavras do Papa porque pode ser que assim elas calem mais fundo no coração das pessoas. Neste tempo de Verão que por cá se vive, é terrível verificar a quantidade de animais abandonados. Basta palmilhar alguns quilómetros para termos a noção desta triste e terrível situação. Os animais continuam a ser considerados entre nós como objetos, brinquedos que se descartam quando deles já nos cansamos. Não percebemos que os estamos a conduzir a uma morte certa. Que eles são serem sensitivos que sofrem como nós, que têm dores, medos, angústias como qualquer ser humano. Mas as férias são mais importantes e por isso há que se livrarem destes pobres animais que foram a companhia desta gente e que logo comprarão no regresso um outro numa loja de renome que no próximo Verão terá o mesmo destino. Isto é o nosso país, a cultura das nossas gentes que não foi educada, nem educa os seus filhos, a respeitar estes seres nobres que, tal como nós, também têm direito à vida. Embora todos, ou muitos pelo menos, concordem com tudo isto que aqui escrevo, será que em situação idêntica não terão comportamento semelhante? Que fazem quando vêm um animal abandonado? Prestam-lhe socorro? Dão-lhe de comer e beber? Ou refugiam-se na estafada frase "não tenho condições senão..." e por aí se ficam com a consciência mais leve, embora duvide que fiquem com ela mais tranquila. Dizia Albert Schweitzer que foi Prémio Nobel da Paz que "quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes". Talvez por isso, é que existem tantos conflitos, tantas guerras, tantas incompreensões. É que para além da soberba humana que destrói nações e aniquila povos, não sabemos como amar o nosso semelhante tão só porque ninguém nos soube ensinar a amar os animais e a natureza. Se não somos capazes de o fazer como poderemos respeitar-nos a nós mesmos?

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